Blog do CLE Missionários da Luz (o primeiro Clube do Livro Espírita de Olinda- PE), que tem como objetivo reunir os atuais associados, conquistar novos amigos e divulgar a Doutrina Espírita, praticando um dos belos conselhos do Espírito Emmanuel: "A maior caridade que praticamos, em relação à Doutrina Espírita, é a sua própria divulgação."Sejam todos bem vindos ao nosso Blog!Conheça,divulgue, compartilhe conosco este espaço que é de todos nós!

segunda-feira, 30 de abril de 2012

As três Orações


Muitas vezes costumamos nos decepcionar com as preces que fazemos. Pedimos alguma coisa em nossas preces e a resposta nunca chega.
Então, perdemos a confiança em Deus.
O que, não raro, acontece, é que a resposta chega, mas não a compreendemos, por pensarmos que ela tenha que vir conforme o nosso pedido.
Acontece que o Criador sabe o que é melhor para nós.
A respeito disso existe uma antiga lenda.
Em grande bosque da Ásia menor, três árvores ainda jovens pediram a Deus lhes concedesse destinos gloriosos e diferentes.
A primeira explicou que aspirava a ser empregada no trono do mais alto soberano da Terra.
Após ouvi-la, a segunda declarou que desejava ser utilizada na construção do carro que transportasse os tesouros desse rei poderoso, e a terceira, por último, disse então que almejava transformar-se numa torre, nos domínios desse potentado, para indicar o caminho do céu.
Depois das preces formuladas, um mensageiro angélico desceu à mata e avisou que o Todo-Misericordioso lhes recebera as rogativas e lhes atenderia às petições.
Decorrido muito tempo, lenhadores invadiram o horto selvagem e as árvores, com grande pesar de todas as plantas circunvizinhas, foram reduzidas a troncos, despidos por mãos cruéis.
Arrastadas para fora do ambiente familiar, ainda mesmo com os braços decepados, elas confiaram nas promessas do Supremo Senhor e se deixaram conduzir com paciência e humildade.
Qual não lhes foi, porém, a aflitiva surpresa!
Depois de muitas viagens, a primeira caiu sob o poder de um criador de animais que, de imediato, mandou convertê-la num grande cocho destinado à alimentação de carneiros.
A segunda foi adquirida por um velho praiano que construía barcos por encomenda e a terceira foi comprada e recolhida para servir, em momento oportuno, numa cela de malfeitores.
As árvores amigas, conquanto separadas e sofredoras, não deixaram de acreditar na mensagem de Deus e obedeceram, sem queixas, às ordens inesperadas que as Leis da vida lhes impunham...
No bosque, contudo, as outras plantas tinham perdido a fé no valor da oração, quando, transcorridos muitos anos, vieram a saber que as três árvores haviam obtido as concessões gloriosas solicitadas...
A primeira, forrada de panos singelos, recebera Jesus das mãos de Maria de Nazaré, servindo de berço ao Dirigente mais Alto do mundo.
A segunda, trabalhando com pescadores, na forma de uma barca valente e pobre, fora o veículo de que Jesus Se utilizou para transmitir sobre as águas muitos dos Seus mais belos ensinamentos.
E a terceira, convertida apressadamente numa cruz em Jerusalém, seguira com Ele, o Senhor, para o monte e, ali, valorosa, guardara-Lhe o coração torturado, mas repleto de amor no extremo sacrifício, indicando o verdadeiro caminho do Reino Celestial...


* * *


Todos nós podemos endereçar a Deus, em qualquer parte e em qualquer tempo, as mais variadas preces. No entanto, precisamos cultivar paciência e humildade para esperar e compreender as respostas de Deus.
Pensemos nisso!




Redação do Momento Espírita com base no cap. 2 do livro Cartas e crônicas, pelo Espírito Irmão X, psicografia de Francisco Cândido Xavier e no item 7 do cap. XXVII de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ambos da ed. Feb.
Em 28.06.2010.



sexta-feira, 27 de abril de 2012

O Próximo e Nós


Esperas ansiosamente encontrar o Senhor e um dia chegarás à Divina Presença; entretanto, antes de tudo, a vida te encaminha à presença do próximo, porque o próximo é sempre o degrau da bendita aproximação.


Mas quem é o meu próximo? - perguntarás decerto, qual ocorreu ao Doutor da Lei nas luzes da parábola.
Todavia, convém saber que, além do próximo mais próximo a quem nomeias como sendo o coração materno, o pai querido, o filho de nossa bênção, o irmão estimável e o amigo íntimo, no clima doméstico; o próximo é igualmente o homem que nunca viste, tanto aquele que te fixa indiferente em qualquer canto da rua.
É a criança que passa, o chefe que te exige trabalho, o subordinado que te obedece, o sócio de ideal, o mendigo que te fala a distância...
É a pessoa que te impõe um problema, verificando-te a capacidade de auxílio...
É quem te calunia, medindo-te a tolerância...
É quem te oferece alegria, anotando-te o equilíbrio...
É a criatura que te induz à tentação, testando-te a resistência...
É o companheiro que te solicita concurso fraterno, tanto quanto o inimigo que se sente incapaz de pedir-te o mais ligeiro favor.
Às vezes tem um nome familiar que te soa docemente aos ouvidos; de outras, é categorizado por ti à conta de adversário, que não te aprova o modo de ser.
Em suma, o próximo é sempre o inspetor da vida que nos examina a posição da alma nos assuntos da Vida Eterna.
Entre ele e nós se destacam sempre a necessidade e a oportunidade a que se referia Jesus na parábola inesquecível.
Isto porque o Bom Samaritano foi efetivamente o socorro para o irmão caído na estrada de Jerusalém para Jericó, mas o irmão tombado no caminho de Jerusalém para Jericó foi para o Bom Samaritano, o ponto de apoio para mais um degrau de avanço, no caminho para o encontro com Deus.




Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro Rumo Certo. Lição nº 09. Página 41.


quinta-feira, 26 de abril de 2012

Anencefalia


Nada no Universo ocorre como fenômeno caótico, resultado de alguma desordem que nele predomine. O que parece casual, destrutivo, é sempre efeito de uma programação transcendente, que objetiva a ordem, a harmonia.
De igual maneira, nos destinos humanos sempre vige a Lei de Causa e Efeito, como responsável legítima por todas as ocorrências, por mais diversificadas apresentem-se.
O Espírito progride através das experiências que lhe facultam desenvolver o conhecimento intelectual enquanto lapida as impurezas morais primitivas, transformando-as em emoções relevantes e libertadoras.
Agindo sob o impacto das tendências que nele jazem, fruto que são de vivências anteriores, elabora, inconscientemente, o programa a que se deve submeter na sucessão do tempo futuro.
Harmonia emocional, equilíbrio mental, saúde orgânica ou o seu inverso, em forma de transtornos de vária denominação, fazem-se ocorrência natural dessa elaborada e transata proposta evolutiva.
Todos experimentam, inevitavelmente, as consequências dos seus pensamentos, que são responsáveis pelas suas manifestações verbais e realizações exteriores.
Sentindo, intimamente, a presença de Deus, a convivência social e as imposições educacionais, criam condicionamentos que, infelizmente, em incontáveis indivíduos dão lugar às dúvidas atrozes em torno da sua origem espiritual, da sua imortalidade.
Mesmo quando se vincula a alguma doutrina religiosa, com as exceções compreensíveis, o comportamento moral permanece materialista, utilitarista, atado às paixões defluentes do egotismo.
Não fosse assim, e decerto, muitos benefícios adviriam da convicção espiritual, que sempre define as condutas saudáveis, por constituírem motivos de elevação, defluentes do dever e da razão.
Na falta desse equilíbrio, adota-se atitude de rebeldia, quando não se encontra satisfeito com a sucessão dos acontecimentos tidos como frustrantes, perturbadores, infelizes...
Desequipado de conteúdos superiores que proporcionam a autoconfiança, o otimismo, a esperança, essa revolta, estimulada pelo primarismo que ainda jaz no ser, trabalhando em favor do egoísmo, sempre transfere a responsabilidade dos sofrimentos, dos insucessos momentâneos aos outros, às circunstâncias ditas aziagas, que consideram injustas e, dominados pelo desespero fogem através de mecanismos derrotistas e infelizes que mais o degrada, entre os quais o nefando suicídio..
Na imensa gama de instrumentos utilizados para o autocídio, o que é praticado por armas de fogo ou mediante quedas espetaculares de edifícios, de abismos, desarticula o cérebro físico e praticamente o aniquila...
Não ficariam aí, porém, os danos perpetrados, alcançando os delicados tecidos do corpo perispiritual, que se encarregará de compor os futuros aparelhos materiais para o prosseguimento da jornada de evolução.
É inevitável o renascimento daquele que assim buscou a extinção da vida, portando degenerescências físicas e mentais, particularmente a anencefalia.
Muitos desses assim considerados, no entanto, não são totalmente destituídos do órgão cerebral.
Há, desse modo, anencéfalos e anencéfalos.
Expressivo número de anencéfalos preserva o cérebro primitivo ou reptiliano, o diencéfalo e as raízes do núcleo neural que se vincula ao sistema nervoso central?
Necessitam viver no corpo, mesmo que a fatalidade da morte após o renascimento, reconduza-os ao mundo espiritual.
Interromper-lhes o desenvolvimento no útero materno é crime hediondo em relação à vida. Têm vida sim, embora em padrões diferentes dos considerados normais pelo conhecimento genético atual...
Não se tratam de coisas conduzidas interiormente pela mulher, mas de filhos, que não puderam concluir a formação orgânica total, pois que são resultado da concepção, da união do espermatozoide com o óvulo.
Faltou na gestante o ácido fólico, que se tornou responsável pela ocorrência terrível.
Sucede, porém, que a genitora igualmente não é vítima de injustiça divina ou da espúria Lei do Acaso, pois que foi corresponsável pelo suicídio daquele Espírito que agora a busca para juntos conseguirem o inadiável processo de reparação do crime, de recuperação da paz e do equilíbrio antes destruído.
Quando as legislações desvairam e descriminam o aborto do anencéfalo, facilitando a sua aplicação, a sociedade caminha, a passos largos, para a legitimação de todas as formas cruéis de abortamento.
...E quando a humanidade mata o feto, prepara-se para outros hediondos crimes que a cultura, a ética e a civilização já deveriam haver eliminado no vasto processo de crescimento intelecto-moral.
Todos os recentes governos ditatoriais e arbitrários iniciaram as suas dominações extravagantes e terríveis, tornando o aborto legal e culminando, na sucessão do tempo, com os campos de extermínio de vidas sob o açodar dos mórbidos preconceitos de raça, de etnia, de religião, de política, de sociedade...
A morbidez atinge desse modo, o clímax, quando a vida é desvalorizada e o ser humano torna-se descartável.



 As loucuras eugênicas, em busca de seres humanos perfeitos, respondem por crueldades inimagináveis, desde as crianças que eram assassinadas quando nasciam com qualquer tipo de imperfeição, não servindo para as guerras, na cultura espartana, como as que ainda são atiradas aos rios, por portarem deficiências, para morrer por afogamento, em algumas tribos primitivas.
Qual, porém, a diferença entre a atitude da civilização grega e o primarismo selvagem desses clãs e a moderna conduta em relação ao anencéfalo?
O processo de evolução, no entanto, é inevitável, e os criminosos legais de hoje, recomeçarão, no futuro, em novas experiências reencarnacionistas, sofrendo a frieza do comportamento, aprendendo através do sofrimento a respeitar a vida?
Compadece-te e ama o filhinho que se encontra no teu ventre, suplicando-te sem palavras a oportunidade de redimir-se.
Considera que se ele houvesse nascido bem formado e normal, apresentando depois algum problema de idiotia, de hebefrenia, de degenerescência, perdendo as funções intelectivas, motoras ou de outra natureza, como acontece amiúde, se também o matarias?
Se exercitares o aborto do anencéfalo hoje, amanhã pedirás também a eliminação legal do filhinho limitado, poupando-te o sofrimento como se alega no caso da anencefalia.
Aprende a viver dignamente agora, para que o teu seja um amanhã de bênçãos e de felicidade.

 Joanna de Ângelis.

 Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na reunião mediúnica da noite de 11 de abril de 2012, quando o Supremo Tribunal de Justiça, estudava a questão do aborto do anencéfalo, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia. 

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Hierarquia Familiar


E a família, que será dela? Estamos quites com ela
desde que socorremos os chamados pobres?
Não, evidentemente, senhores, porquanto, desde que reconheceis a necessidade de vos despojar pelos pobres, trata-se de fazer uma escolha e estabelecer
uma hierarquia. Ora, vossas mulheres e vossos filhos são os vossos
primeiros pobres; a eles, pois, deveis dar a vossa primeira esmola.
Velai pelo futuro de vossos filhos; preocupai-vos em lhes preparar
dias calmos e tranqüilos em meio a esse vale de lágrimas; deixai-lhes
mesmo em depósito uma pequena herança, que lhes permita
continuarem o bem que haveis começado: isto é legítimo. Mas
jamais lhes ensineis a viver egoisticamente e a olhar como deles o
que é de todos. Antes e depois deles, os autores de vossos dias, os
que vos alimentaram e guardaram, os que protegeram vossos
primeiros passos e guiaram vossa adolescência – vosso pai e vossa
mãe – têm direito à vossa solicitude. Depois vêm as almas que
Deus vos deu como irmãos segundo a carne; depois os amigos do
coração; depois todos os pobres, a começar pelos mais miseráveis.
Como vedes, eu vos concedo temperamentos e
estabeleço uma hierarquia conforme aos instintos do vosso
coração. Entretanto, tomai cuidado para não favorecer
demasiadamente a uns com exclusão dos outros. É pela partilha
eqüitativa de vossos benefícios que mostrareis a vossa sabedoria, e
é ainda por essa partilha que cumprireis a lei de Deus em relação
aos vossos irmãos, que é a lei de solidariedade.
“A justiça, diz Lamennais, é a vida; a caridade também
é a vida, mas uma vida mais bela e mais doce.”
Sim, a caridade é uma bela e doce vida, é a vida dos
santos, é a chave do céu.

Lacordaire - Revista Espírita, agosto de 1865

terça-feira, 24 de abril de 2012

O Que a Vida Está Tentando Me Ensinar?


A oportunidade que se perdeu é o título de um artigo do jornalista Roberto Pompeu de Toledo, publicado em um periódico de grande circulação nacional.
O ensaio versa sobre como está o Mundo depois dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, e apresenta uma visão muito interessante que se inicia através das seguintes palavras:
As mortes, a dor, o medo e o luto não esgotam o assunto. Não bastasse isso, não bastasse a barbárie levada a limites impensáveis, o 11 de setembro deixou outro legado desastroso: o da oportunidade perdida.
No dia 12 de setembro de 2001, junto com o pânico, com o choro, com os trabalhos de resgate entre os escombros das torres gêmeas e a busca de culpados, misturada a esses elementos, raiava uma esperança.
Aquele terrível evento poderia ser o ponto de partida para um mundo mais amigo.
Era hora de agir em favor de um mundo menos conflitante e menos injusto. De congregar as nações em busca de soluções que tornassem o planeta Terra um lugar menos perigoso de se viver.
E assim o autor continua, lembrando depois tudo que poderia já estar diferente no Mundo e ainda não está, por muitos líderes não terem percebido que uma grande oportunidade estava sendo concedida ao Mundo.
A de recomeçar.
E como toda a transformação do Mundo passa primeiro pela nossa própria, esta é uma lição que podemos aplicar também em nossas vidas, através de uma visão diferente sobre o sofrimento que nos alcança.
Toda dor que surge em nossa vida é uma oportunidade grandiosa que recebemos. A oportunidade de amadurecer, de crescer, de reescrever nossas histórias, de recomeçar.
Imaginemos a vida nos dizendo: Pare um pouco, pense, reflita, recomece...
Um acontecimento desagradável; um flagelo destruidor; uma enfermidade; a partida de alguém; são chances que a vida nos dá para aprendermos lições preciosas.
Aquele de nós que tivesse o equilíbrio de perguntar: O que a vida está tentando me ensinar? - quando atingido por qualquer tipo de sofrimento, e conseguisse perceber as razões profundas dessas experiências, passaria a viver sem medos.
E com uma consciência espiritual fabulosa sobre as coisas deste Mundo.
A todo momento a existência está nos guiando sem percebermos.
A todo instante a vida ensina.
Constantemente a vida fala conosco, nos mostra caminhos, respostas, conseqüências.
Cabe-nos desenvolver a habilidade de escutar, de perceber em todos os níveis. Do sensorial, passando pelo racional, até o intuitivo, o que nos está sendo ministrado.
A revolta, a indignação e a vingança apenas complicam qualquer problema, enquanto a compreensão e resignação colocam-nos no caminho de resolvê-lo por completo.
Francisco de Assis sempre se referia à dor como sua irmãzinha querida, porque sabia do seu poder e utilidade.
Paulo de Tarso sempre se referia,em suas cartas,aos aguilhões que o machucavam e o faziam sofrer.
Como Francisco de Assis, ele também entendia sua dor, e dizia, inspirado:
Transbordo de júbilo no meio de todas as minhas atribulações.


* * *

A vida nos oferece oportunidades constantemente.
Será extremamente sábio aquele que conseguir perceber esses convites, essas lições, e extrair delas as forças para as mudanças necessárias.
Faça este exercício toda vez que um momento de crise se apresentar.
Troque a reclamação, a indignação e o desapontamento pelo questionamento:
O que a vida está tentando me ensinar??

Redação do Momento Espírita com base no artigo de Roberto Pompeu de Toledo, publicado na revista Veja, de 18 de setembro de 2002, no artigo intitulado O significado do sofrimento, de Sergito de Souza Cavalcanti, extraído do site www.espirito.org.bre no cap. 7, versículo 4 da II epístola de Paulo de Tarso aos Coríntios

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Regras de Felicidade


Cada mensagem psicografada é antecedida pelas explicações do médium Francisco Cândido Xavier sobre a reunião em que ela foi obtida e os motivos que a determinaram.
Em nossa reunião, provavelmente porque as indagações sobre a felicidade dominavam os nossos entendimentos verbais, antes da execução das tarefas da noite, O Livro dos Espíritos veio ao nosso encontro com a questão 921, em torno do mesmo tema.
Meditamos sobre o assunto discutido e confirmado pelo livro, e ao término da nossa reunião foi o nosso amigo espiritual André Luiz quem tomou o lápis e escreveu a página “Regras de Felicidade”.

Lembre-se de que os outros são pessoas que você pode auxiliar, ainda hoje, e das quais talvez amanhã mesmo você precisará de auxílio. Todo solo responde não somente conforme a plantação mas também segundo os cuidados que recebe.
Aqueles que renteiam conosco nas mesmas trilhas evolutivas assemelham-se a nós, carregando qualidades adquiridas e deficiências que estão buscando liquidar e esquecer. Reflita nos arranhões mentais que você experimenta quando alguém se reporta irrefletidamente aos seus problemas e aprenda a respeitar os problemas alheios.
Pensemos no bem e falemos no bem, destacando o lado bom dos acontecimentos, pessoas e coisas. Toda vez que agimos contra o bem, criamos oportunidades para a influência do mal.
Mostremos o melhor sorriso - o sorriso que nos nasça do coração - sempre que entrarmos em contato com os outros. Ninguém estima transitar sobre tapetes de espinhos.
Evitemos discussões. Diálogo, na essência, é intercâmbio.
Se você tem algo de bom a realizar, não se atrase nisso. Hoje é o tempo de fazer o melhor.
Estime a tarefa dos outros, prestigiando-a com o seu entusiasmo e louvor na construção do bem. Criar alegria e segurança nos outros é aumentar o nosso rendimento de paz e felicidade.
Não contrarie os pontos de vista dos seus interlocutores. Podemos ter luz em casa sem apagar a lâmpada dos vizinhos.
Você é uma instituição com objetivos próprios dentro da Vida, a Grande Instituição de Deus. Os amigos são seus clientes e se você procura ajudá-los, eles igualmente ajudarão você.
Se você sofreu derrotas e contratempos, apenas se deterá se quiser. A Divina Providência jamais nos cerra as portas do trabalho e, se passamos ontem por fracassos e dificuldades em nossas realizações, o sol a cada novo dia nos convida a recomeçar.



Pelo Espírito André Luiz. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro Na Era do Espírito. Lição nº 26; Página 150.


sexta-feira, 20 de abril de 2012

Perante os Problemas do Lar


Continuemos orando pela paz do ambiente familiar.
A nossa calma e a nossa compreensão representarão benditos alicerces na
harmonia de todos.

Sim, é preciso reunir forças e prosseguir vivendo e lutando pela conquista da
paz interior e pela construção da harmonia familiar com os recursos possíveis.
Abençoemos sempre os filhos queridos com as nossas preces iluminadas de
carinho e esperança e consideremos que Jesus nos estenderá mãos socorredoras e providenciais onde estejamos.
Não permitamos que a chama da nossa fé em Deus possa esmorecer e
continuaremos para a frente com a nossa confiança em Jesus.

Coloquemos as preocupações nas mãos do Senhor na certeza de que, segundo a
nossa formação em Jesus, os nossos encargos de família estarão sempre rigorosamente cumpridos.
Abençoaremos os filhos queridos com nossas preces e, quanto possível,
respeitemos o desígnio de Mais Alto. Nem sempre podemos estar onde se nos fixam os entes amados, mas podemos sempre abençoá-los e auxiliá-los em Amor e Coração.


A caminhada somente prosseguirá serena, sob a orientação iluminada de nossa própria fé.
Abençoemos os filhos queridos, mesmo que se encontrem à distância, enviando-lhes pensamentos de paz e esperança, encorajamento e bom ânimo, e confiemos em Jesus, cuja Infinita Bondade jamais nos desampara.


Continuemos na prática da fé viva, fazendo o melhor ao nosso alcance pelos
nossos entes queridos, mas entregando-os a Deus nas responsabilidades assumidas por eles mesmos.
Quanto aos menores, corações tenros na experiência terrestre, auxiliemo-los
quanto se nos faça possível, amparando-os na aquisição do entendimento e da paz.


Devotados Amigos Espirituais auxiliam-nos na sustentação de nossa serenidade e de nossa fé, no campo de provas em que todos nos achamos, de vez que as dificuldades e esperanças dos queridos amigos são igualmente nossas.


Aguardemos a passagem dos dias e esperemos a Bênção do Senhor, em nosso
auxílio, para que a paz e a segurança se restabeleçam, de todo, em nosso núcleo de corações queridos.


Que a luz da serenidade nos abençoe, diante da Vida, amando e compreendendo sempre, na certeza de que devemos estar prontos para o auxílio aos entes amados, estejam como estiverem, mesmo porque estamos todos sob as leis de Causa e Efeito, necessitando constantemente uns dos outros.


A assistência espiritual em benefício dos Homens prossegue vigilante.
Fé, sim! Fé que nos garanta todas as energias para as tarefas por realizar.
Muita serenidade nos problemas do lar é fator imprescindível, pois só com a
paciência e com a compreensão é que as lutas e os problemas serão removidos.



Bezerra de Menezes no Livro Apelos Cristãos Psicografia de Chico Xavier


quinta-feira, 19 de abril de 2012

A Voz e o Silêncio


Aumenta volumosamente a balbúrdia no mundo.
Não há respeito pelo silêncio.
As pessoas perderam o tom de equilíbrio nas conversações, nos momentos de júbilo, nas comunicações fraternais.
Grita-se, quando se deveria falar, produzindo uma competição de ruídos e de vozes que perturbam o discernimento e retiram a harmonia interior.
As músicas deixam, a pouco e pouco, de ser harmônicas para se apresentarem ruidosas, sem nenhum sentido estético, expressando os conflitos e as desordens emocionais dos seus autores.
Cada qual, por isso mesmo, impõe o volume da sua voz, dos ruídos do lar, das comunicações e divertimentos através dos rádios e das televisões.
Há um predomínio da violência em tudo, nos sentimentos, nas conversações, nas atividades do dia a dia.
Há demasiado ruído no mundo, atormentando as criaturas.


* * *

A voz é instrumento delicado e de alta importância na existência humana.
Sendo o único animal que consegue articular palavras, o ser humano deve utilizar-se do aparelho fônico na condição de instrumento precioso, e de cujo uso dará contas à Consciência Cósmica que lhe concedeu admirável tesouro.
Jesus, o Sublime Comunicador, cuja dúlcida voz inebriava de harmonia as multidões, viveu cercado sempre pelas massas.
Sofreu-as, compadeceu-Se delas, mas não Se deixou aturdir pela sua insânia e necessidade.
Logo depois de as atender, recolhia-Se ao silêncio, fugindo do bulício, a fim de penetrar-Se mais pelo amor do Pai, renovando os sentimentos de misericórdia e de compreensão.
Procedia dessa forma, a fim de que o cansaço, que surge na balbúrdia, não lhe retirasse a ternura das palavras e das ações.


* * *

Necessitas, sim, de silêncio interior, para melhores reflexões e programações dignificantes em qualquer área do comportamento em que te encontres.
Aprende a calar e a meditar, a harmonizar-te e a não perder a seriedade na multidão desarvorada e falante.
Os grandes sábios do Cosmos sempre souberam silenciar.
Silenciar em oração perante as necessidades do outro. Silenciar em respeito ao sofrimento alheio.
Silenciar em consideração às idéias divergentes. Silenciar a vingança diante dos males recebidos.
É no mundo do silêncio que construímos as palavras edificantes que sairão de nossa boca.
É no mundo sem voz que elaboramos o canto que logo mais irá encantar ouvintes numa sala de concertos.
É no mundo do silêncio que embalamos nossos amores, que pensamos em melhorar, reformar e transformar.
Assim, saibamos dosar o silêncio em nossas vidas, evitando que a balbúrdia e a loucura se instalem.
Saibamos usar a voz com cuidado, a cada pronunciar de palavra, assim como o concertista o faz na interpretação de uma ópera.
A música elevada, assim como a vida, é feita de som, mas também de silêncio.



Redação do Momento Espírita com base no cap. Silêncio, do livro Jesus e vida, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 19.02.2010.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

A História de o Livro dos Espíritos




Foi por volta de 1854 que Denizard Hippolyte León Rivail ouviu falar pela primeira vez das mesas girantes ao encontrar-se com o magnetizador Sr. Fortier, que lhe narrou tais fatos. Não foi cético ao extremo, pois conhecia o magnetismo e sabia que o fluído magnético, uma espécie de eletricidade, podia atuar sobre os corpos inertes. Mas pouco tempo depois, em outro encontro, ao lhe narrar outros fatos sobre a mesa girante no intuito de convencer Rivail, este lhe respondeu: “Só acreditarei vendo, e quando me provarem que a mesa tem cérebro para pensar, nervos para sentir e que pode tornar-se sonâmbula.” (1)

No início de 1855, encontrou-se com um amigo que o conhecia há 25 anos, o Sr. Carlotti, que lhe falou, também, desses fenômenos. Como era ardente e apaixonado, além de possuidor de uma bela alma, não se deixou de pronto convencer pela exaltação do amigo. Apenas lhe respondeu: “Não digo que não. Veremos mais tarde.” (1)



 Em maio de 1855, estando na casa da sonâmbula Sra. Roger com o Sr. Fortier, magnetizador dela, encontrou-se com o Sr. Pâtier e a Sra. Plainemason, que lhe falaram sobre as mesas girantes, mas agora em outro tom, instrutivo e sério, convidando-o a assistir às experiências que se realizavam em casa da Sra. de Planemaison, à rua Grange-Batelière nº 18. Rivail aceitou solícito em encontro marcado para uma terça-feira às 8 horas da noite.



Cesta de bico do século XIX usada na época em que Denizard Hippolyte León Rivail presenciou pela primeira vez alguns ensaios da escrita mediúnica.
Foi ali que Rivail testemunhou pela primeira vez o fenômeno das mesas girantes que saltavam e corriam em condições indubitáveis. Inclusive, presenciou ele igualmente alguns ensaios, ainda imperfeitos, da escrita mediúnica numa ardósia com o auxílio de uma cesta.

Atento, entreviu no fundo daquela suposta futilidade algo de sério, um fato que devia ter uma causa, poderia estar ali a revelação de uma nova lei, e prometeu a si mesmo que iria investigar a fundo para encontrar a causa desses acontecimentos surpreendentes.

Em uma dessas reuniões da Sra. Plaineimaison conheceu a família Baudin. Foi quando o Sr. Baudin o convidou para assistir às sessões que aconteciam semanalmente em sua casa, à Rua Rochechouart. Surgia aí uma oportunidade para estudar e observar mais atentamente as causas geradoras desses fenômenos. Rivail passou a ser um frequentador assíduo dessas reuniões assaz concorridas, já que a entrada era franqueada a todo e qualquer interessado.

Duas médiuns, filhas do Sr. Baudin, escreviam numa ardósia com o auxílio da cesta, chamada pião, mostrada na figura anterior. A cesta nada mais é do que um porta-lápis e um apêndice da mão ou um intermediário entre a mão e o lápis (2). Esse método requer a participação de duas pessoas, excluindo assim a possibilidade da influência das idéias do médium. Foi assim que Rivail presenciou comunicações seguidas de respostas dadas às questões apresentadas, inclusive às perguntas que eram feitas mentalmente, fazendo entrever, com evidência, a intervenção de uma inteligência estranha atuando através do médium.

Com o tempo a cesta pião foi substituída por uma espécie de mesa em miniatura, com três pés, sendo um deles o suporte do lápis. Diversos outros dispositivos foram desenvolvidos. Finalmente, chegou-se à conclusão de que os Espíritos poderiam agir diretamente na mão do médium (como geralmente escrevemos), e esse método é usado até os dias de hoje (ver figuras abaixo) (2).



O Espírito que habitualmente se manifestava dava o nome de Zéfiro, completamente de acordo com o seu caráter e o da reunião, onde os assuntos tratados eram geralmente frívolos, tratando da vida mundana e do futuro da vida material de cada um dos presentes que o consultava.

Diz Rivail que, apesar de tudo, o Espírito Zéfiro era muito bom, e declarava-se protetor da família, sabia fazer rir os participantes, e, quando era necessário, dava bons conselhos, muitas vezes, com ditos satíricos e espirituosos.

Em pouco tempo Zéfiro lhe ofereceu provas de grande simpatia, onde mais tarde, assistido por Espíritos superiores, ajudou-o significativamente nos seus primeiros trabalhos espíritas.

Foi nessas reuniões, na casa da família Baudin, que ele desenvolveu seus primeiros trabalhos importantes sobre Espiritismo, muito mais pela observação do que pelas revelações.

Diz Rivail sobre o seu trabalho iniciático do Espiritismo:

“Apliquei a essa nova ciência, como o fizera até então, o método da experimentação; jamais utilizei teorias preconcebidas: observava atentamente, comparava, deduzia as conseqüências; dos efeitos procurava remontar às causas, pela dedução e o encadeamento lógico dos fatos, não admitindo uma explicação como válida senão quando podia resolver todas as dificuldades da questão. Foi assim que sempre procedi em meus trabalhos anteriores, desde os 15 anos de idade. Compreendi, desde logo, a seriedade da exploração que iria empreender; entrevi, nesses fenômenos, a chave do problema, tão obscuro e tão controverso, do passado e do futuro da Humanidade, a solução do que havia procurado em toda a minha vida; era, em uma palavra, toda uma revelação nas idéias e nas crenças; seria preciso, pois, agir com circunspeção, e não levianamente; ser positivo e não idealista, para não se deixar iludir.

Um dos primeiros resultados de minhas observações foi que os Espíritos, não sendo outros senão as almas dos homens, não tinham a soberana sabedoria, nem a soberana ciência; que o seu saber estava limitado ao grau de seu adiantamento, e que a sua opinião não tinha senão o valor de uma opinião pessoal. Essa verdade, reconhecida desde o princípio, me preservou do grande escolho de crer em sua infalibilidade, e me impediu de formular teorias prematuras sobre o dizer de um só ou de alguns.” (1)

O fato da possibilidade da comunicação com os Espíritos, não importando o que dissessem, provava a existência de um mundo invisível. Um campo imenso às suas explorações que indicavam, também, ser a chave de uma multidão de fenômenos inexplicados. Outro ponto importante é que ele poderia conhecer o estado desse mundo bem como os seus hábitos e costumes. Rivail percebeu em pouco tempo que cada Espírito que se comunicava, pela sua posição pessoal e pelo seu conhecimento, cada um, lhe desvendava algum aspecto desse mundo invisível, da mesma maneira que se chega ao conhecimento de um país entrevistando os habitantes de todas as classes e condições sociais, com cada um oferecendo uma informação ou um ensino.

Diz ele sobre isso:

“Cabe ao observador formar o conjunto com a ajuda de documentos recolhidos de diferentes lados, colecionados, coordenados e controlados uns pelos outros. Agi, pois, com os Espíritos, como o teria feito com os homens; foram para mim, desde o menor ao maior, meios de me informar, e não reveladores predestinados.” (1)

A disposição adotada pelo professor Rivail em seus estudos espíritas foi sempre seguir a seguinte regra: observar, comparar e deduzir.

Se até então as sessões na casa do Sr. Baudin não tinham um objetivo determinado, Rivail, pelo seu jeito professoral e questionador, mudou naturalmente essa situação, pois nessas entrevistas com os Espíritos, antes frívolas, agora se procurava resolver problemas importantes e de grande interesse sob o ponto de vista da Filosofia, da Psicologia e da natureza do mundo invisível: ele ia a cada reunião com uma série de perguntas preparadas e metodicamente dispostas, às quais os Espíritos lhe respondiam com precisão, profundidade e lógica. A partir de então, se por algum motivo desse Rivail a faltar em alguma sessão, os participantes ficavam sem saber o que fazer.

A princípio, o professor Rivail só tinha por objetivo instruir-se; contudo, quando percebeu que aquelas informações formavam um conjunto e que tomavam proporções de uma Doutrina, resolveu torná-las públicas para a instrução de todos. Futuramente, essas informações, com questões e respostas, desenvolvidas e completadas, constituiriam a base de O Livro dos Espíritos.

“Tudo foi obtido pela escrita, por intermédio de diversos médiuns.” Os primeiros médiuns que concorreram para a elaboração desse livro foram as Srtas. Baudin, cuja boa vontade jamais lhes faltou: “quase todo o livro foi escrito por intermédio delas em presença de numeroso publico que assistia às sessões com o mais vivo interesse.” (3)

Em 25 de março de 1856, na casa do Sr. Baudin, através da médium Srta. Baudin, teve pela primeira vez contato com o seu guia espiritual. Dias antes ouviu batidas noturnas repetitivas no tabique que separava sua casa, situada à Rua dos Mártires, 8, 2ª andar, do cômodo vizinho. Na sessão daquele dia, então, travou-se a seguinte entrevista:

“– P. ...poderíeis dizer-me a causa dessas pancadas que se fizeram ouvir com tanta persistência (em minha casa)?
– R. Era teu Espírito familiar.

– P. Com que objetivo vinha bater assim?
– R. Queria se comunicar contigo.

– P. Poderíeis dizer-me o que é que ele queria de mim?
– R. Podes perguntar a ele mesmo, porque está aqui.

(...)

P. – Meu Espírito familiar, quem quer que sejais, vos agradeço por terdes ido visitar-me; Poderíeis dizer-me quem sois?
– R. Para ti, me chamarei A Verdade, e todos os meses, aqui, durante um quarto de hora, estarei à tua disposição.

(...)” (1)

Em 17 de junho de 1856, ainda na casa do Sr. Baudin e através da sua filha médium, Rivail pergunta ao Espírito (a Verdade):

“P. – Uma parte da obra já foi revista. Poderíeis ter a bondade de dizer o que dela pensais?
R. – O que foi revisto está bem; mas, quando tudo acabar, será preciso revê-la ainda, a fim de estendê-la sobre certos pontos, e abreviá-la em outros.” (1)

Em 11 de setembro de 1856, também, na casa dos Baudin, depois de haver feito a leitura de alguns capítulos do futuro Livro dos Espíritos, referente às leis morais, a médium Srta. Baudin escreveu espontaneamente:

"Compreendestes bem o objetivo de teu trabalho; o plano está bem concebido; estamos contentes contigo. Continua, mas, sobretudo, quando a obra estiver terminada, lembra-te de que nós te recomendaremos fazê-la imprimir e propagá-la: é de uma utilidade geral. Estamos satisfeitos, e não te deixaremos jamais. Crê em Deus e caminha." Esta mensagem foi assinada assim: “Muitos Espíritos.” (1)

Nesse ano de 1856, Rivail acompanhou também as reuniões espíritas que aconteciam na Rua Tiquetone, na casa do Sr. Roustan; a Srta. Japhet era a médium sonâmbula. Aqui, as reuniões eram sérias e ordeiras. Como o trabalho de Rivail estava quase acabado, pronto para um livro, ele resolveu revê-lo entrevistando outros Espíritos mediante outros médiuns. Inicialmente teve a idéia de fazer objeto de estudo, mas no fim de algumas sessões os Espíritos preferiram vê-lo na intimidade e, para esse efeito,  marcaram certos dias,  em que trabalhariam com a Srta. Japhet, a fim de o fazerem com mais calma, objetivando também evitar indiscrições e comentários prematuros do público. Contudo, Rivail não se contentou com essa verificação que os próprios Espíritos lhe recomendaram.


Assim, Rivail procurou se relacionar com outros médiuns e sempre que surgia uma ocasião, aproveitava para propor algumas das perguntas, principalmente as que lhe pareciam mais espinhosas. Foi assim que, nesse trabalho de revisão, mais de dez médiuns lhe prestaram assistência. Isso aconteceu através da comparação e da fusão de todas as respostas, coordenadas, classificadas e muitas vezes refeitas no silêncio da meditação; Assim se formou a primeira edição de O Livro dos Espíritos, que apareceria para o público a 18 de abril de 1857.

A parte essencial do trabalho de revisão foi feita com o concurso da senhorita Japhet que se prestou, com a maior complacência e o mais completo desinteresse, a todas as exigências dos Espíritos. A Sta. Japhet,  que também era uma sonâmbula muito notável, tinha o tempo da sua vida particular completamente empregado, mas compreendeu a necessidade da utilidade desse trabalho em favor da propagação da Doutrina e dedicou-se de boa vontade a essa tarefa. (3)

Nessa obra Rivail usou o pseudônimo de Allan Kardec, sugerido por um Espírito que se denominava Z (como vimos anteriormente, Zéfiro), que lhe revelou haverem sido amigos vivendo entre os druidas numa vida pretérita, e que seu nome naquela encarnação era Allan Kardec. E com esse pseudônimo assinou todas as suas obras espíritas.

Em janeiro de 1857, quando já havia enviado para a editora imprimir O Livro dos Espíritos, o Espírito Z havia prometido escrever-lhe uma carta por ocasião do Ano Novo. Nesse dia, na casa do Sr. Baudin, Z tinha algo de particular a dizer-lhe. Eis o que escreveu pela médium Srta. Baudin, na intimidade, para o agora Allan Kardec:

“Caro amigo, não quis te escrever, na última terça-feira, diante de todo o mundo, porque há certas coisas que não se podem dizer senão entre nós.

Queria primeiro te falar de tua obra, a que fazes imprimir (O Livro dos Espíritos estava no prelo.) Não te canses tanto noite e dia; terás mais resultado, e a obra não perderá por esperar.

Segundo o que vejo, és muito capaz de levar a bom termo a tua empresa e tens que fazer grandes coisas. Nada, porém, de exagero em coisa alguma. Observa e aprecia tudo judiciosa e friamente. Não te deixes arrastar pelos entusiastas, nem pelos muito apressados. Mede todos os teus passos, a fim de chegares ao fim com segurança. Não creias em mais do que aquilo que vejas; não desvies a atenção de tudo o que te pareça incompreensível; virás a saber a respeito mais do que qualquer outro, porque os assuntos de estudo serão postos sob as tuas vistas.

Mas, ai! a verdade não será ainda conhecida, nem acreditada, por todos, antes de muito tempo! Não verás, nesta existência, senão a aurora do sucesso de tua obra; será necessário que retornes, reencarnado num outro corpo, para completar o que tiveres começado, e, então, terás a satisfação de ver, em plena frutificação, a semente que tiveres difundido sobre a Terra.

Terás invejosos e ciumentos que procurarão te denegrir e contrariar; não te desencorajes; não te inquietes com o que se dirá ou se fará contra ti; prossegue tua obra; trabalha sempre pelo progresso da Humanidade, e serás sustentado pelos bons Espíritos, enquanto perseverares no bom caminho.

Lembra-te de que, há um ano, prometi a minha amizade àqueles que, durante o ano, fossem convenientes em toda a sua conduta? Pois bem! anuncio-te que és um daqueles que escolhi entre todos.

Teu amigo que te ama e te protege, Z.” (1)

Como vimos, Rivail havia dito que Z não era um Espírito superior, mas muito bom e benevolente. Diz Allan Kardec sobre ele: “Talvez fosse mais avançado do que o nome que tomou poderia fazer supor; pode-se supô-lo a julgar pelo caráter sério e a sabedoria de suas comunicações, segundo as circunstâncias. Em favor de seu nome, poderia se permitir uma linguagem familiar, própria ao meio onde se manifestava, e dizer, o que lhe acontecia freqüentemente, duras verdades sob a forma alegórica do epigrama. Seja como for, sempre conservei dele uma boa lembrança e o reconhecimento pelos bons conselhos que me deu e a amizade que me testemunhou. Desapareceu com a dispersão da família Baudin, dizendo que logo deveria reencarnar.” (1)


A Galeria D'Orleans foi local da Livraria Dentu e do lançamento de O Livro dos Espíritos.



Em 18 de abril de 1857, na Galeria D'Orleans, local da Livraria Dentu, era lançado ao público a primeira edição de O Livro dos Espíritos. Que trazia em seu frontispício os seguintes dizeres: “O Livro dos Espíritos, contendo os princípios da doutrina espírita acerca da natureza, manifestação e relações dos espíritos com os homens; das leis morais; da vida presente, vida futura e porvir da humanidade. Escrito e publicado conforme o ditado e a ordem de espíritos superiores por Allan Kardec.” (4).


Escreveu Allan Kardec na Revista Espírita de janeiro de 1858: "...declaramos desde o princípio, e temos a satisfação de reafirmar agora, jamais pensamos em fazer de O Livro dos Espíritos objeto de especulação: Seu produto será aplicado nas coisas de utilidade geral." (3)

Em março de 1860, quando do lançamento da segunda edição, através da Revista Espírita de nº. 3 desse ano, escreveu Allan Kardec sobre esta nova edição:

“Inteiramente refundida e consideravelmente aumentada.

Na primeira edição desta obra, anunciamos uma parte suplementar. Devia compor-se de todas as questões que ali não puderam entrar, ou que circunstâncias ulteriores e novos estudos deveriam originar. Mas como todas se referem a alguma das partes já tratadas, e das quais são o desenvolvimento, sua publicação isolada não teria apresentado nenhuma continuidade. Preferimos aguardar a reimpressão do livro para incorporar todo o conjunto, e aproveitamos para dar à distribuição das matérias uma ordem muito mais metódica, suprimindo ao mesmo tempo tudo quanto tivesse duplo sentido. Esta reimpressão pode, pois, ser considerada como obra nova, embora não tenham os princípios sofrido nenhuma alteração, salvo pouquíssimas exceções, que são antes complementos e esclarecimentos do que verdadeiras modificações. Esta conformidade com os princípios emitidos, malgrado a diversidade das fontes em que foram hauridos, é um fato importante para o estabelecimento da ciência espírita. Prova nossa própria correspondência que comunicações em tudo idênticas, se não quanto à forma, ao menos quanto ao fundo, foram obtidas em diferentes localidades, e isso muito antes da publicação do nosso livro, o que veio confirmá-las e dar-lhes um corpo regular. Por seu lado, a História atesta que a maioria desses princípios tem sido professada pelos homens mais eminentes, dos tempos antigos e modernos, assim trazendo a sua sanção.” (5)

Assim temos, resumidamente, a História de O Livro dos Espíritos.

Fontes:

(1) Obras Póstumas (1890), 2ª parte.
(2) O Livro dos Médiuns, 2ª parte, Psicografia, item 157.
(3) Revista Espírita, janeiro de 1858, O Livro dos Espíritos.
(4) O Livro dos Espíritos, 1ª edição.
(5) Revista Espírita, março de 1860.


terça-feira, 17 de abril de 2012

Psicografia de Um Anencéfalo


Excelente o esclarecimento e o exemplo trazido a todos nós pelo Dr. Ricardo di Bernardi, médico espírita.



ANENCÉFALO E ABORTAMENTO



Inicialmente, lembramos que anencéfalo, embora seja considerado sem cérebro, na realidade é portador de um segmento cerebral estando faltante regiões do cérebro que impossibilitarão sua sobrevivência pós parto.


 Afim de colocarmos a visão espírita sobre este importante problema exemplificaremos com um caso real. Usaremos nomes fictícios.
 João e Maria, eram casados há 2 anos. A felicidade havia batido à sua porta. Maria estava grávida. Exultantes procuraram o médico Obstetra para as orientações iniciais. Planos mil ambos estabeleceram. Ao longo dos meses, no entanto, foram surpreendidos , através do estudo ultrassonográfico, da triste notícia de que seu bebê era anencéfalo. Ao serem informados caíram em prantos ao ouvirem a proposta do obstetra lhes oferecendo o abortamento. Posicionaram-se contrários explicando sua visão espírita.


-- Trata-se de um ser humano que renasce precisando de muito amor e amparo. Nós estaremos com nosso filho (a) até quando nos for permitido.


-- Mas, esta criatura não vai viver além de alguns dias ou semanas na incubadora disse o obstetra.


-- Estamos cientes, mas até lá seremos seus pais.


Guardavam, também, secretamente, a esperança de que houvesse algum equívoco de diagnóstico que lhes proporcionasse um filho saudável.


Durante nove meses dialogaram com seu bebê, intra-útero. Disseram quanto o (a) amavam. Realizaram, semanalmente, a reunião do Evangelho no Lar, solicitando aos mentores a proteção e amparo ao ser que reencarnava.
      

  
Chegara o grande momento : Em trabalho de parto, Maria adentra a maternidade com um misto de esperança e angústia. A criança nasce; o pai ao ver o filho sofre profundo impacto emocional tendo uma crise de lipotimia. O bebê anencéfalo sobrevive na incubadora com oxigênio, 84 horas. Há um triste retorno ao lar.




***



Passam-se aproximadamente 2 anos do pranteado evento. João e Maria, trabalhadores do instituto de cultura espírita de sua cidade frequentavam na mencionada instituição, reunião mediúnica quando uma médium em desdobramento consciente informa ao coordenador do grupo: 


-- Há um espírito de uma criança que deseja se comunicar. 


-- Que os médiuns facilitem o transe psicofônico para a atendermos-responde o dirigente.


Após alguns segundos, uma experiente medium dá a comunicação :


--"Que sejam de Paz os nossos pensamentos"


-- Boa noite, meu nome é Shirley venho abraçar papai e mamãe.


-- Quem é seu papai e sua mamãe ?


-- São aqueles dois - disse apontando Joào e Maria.


-- Seja bem vinda Shirley, muita paz! que tens a dizer ?


-- Quero agradecer a papai e mamãe todo o amor que me dedicaram durante a gravidez, sim, eu era aquele anencéfalo.


-- Mas você está linda agora.
-- Graças as energias de amor recebidas, graças ao Evangelho no Lar, que banharam meu corpo espiritual durante todo aquele tempo.


-- Como se operou esta mudança ?


-- Tive permissão para esta mensagem pelo alcance que a mesma poderá ter a outras pessoas. Eu possuia meu corpo espiritual muito doente, deformado pelo meu passado cheio de equívocos. Fui durante nove meses envolvida em luz . Uma verdadeira cromoterapia mental que gradativamente passou a modificar meu corpo astral (perispírito). Os diálogos que meus pais tiveram comigo foram uma intensa educação pré-natal que muito contribuiram para meu tratamento. Eu expiei, no verdadeiro sentido da palavra. Expiar é como expirar, colocar para fora o que nào é bom . Eu drenei as minhas deformidades perispirituais para meu corpo físico e fui me libertando das minhas deformidades. Como meus pais foram generosos. Meu amor por eles será eterno. 


-- Por que estás na forma de uma criança, já que te expressas tào inteligentemente ?


-- Por que estou em preparo para o retorno. Dizem meus instrutores que tenho permissão para informar. Meus pais tem o merecimento de saber. Devo renascer como filha deles, normal, talvez no próximo ano.


Após dois anos renasceu Shirley, que hoje é uma linda menina de olhos verdes e cabelos castanhos, espírito suave e encantador.


Ricardo Di Bernardi

segunda-feira, 16 de abril de 2012

A Nova Literatura Mediúnica


“E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.”
                                      Paulo (I Co, 14: 29)

As palavras de Paulo – inegavelmente a maior autoridade em assuntos mediúnicos dos tempos apostólicos – deveriam servir de alerta àqueles que têm a responsabilidade da publicação de obras de origem mediúnica.
A literatura mediúnica tem aumentado de maneira assustadora. Diariamente, aparecem novos médiuns, novos livros, alguns bem redigidos, se observados quanto ao aspecto gramatical, mas de conteúdo duvidoso se analisadas as revelações fantasiosas que iludem muitos novatos, ainda sem conhecimento doutrinário que lhes possibilite um exame criterioso daquilo que leem.
Muitos desses livros se originam de Espíritos ardilosos que, de maneira sutil, se lançam no meio espírita como arautos de novas revelações capazes de encantarem leitores menos preparados, aqueles sem um lastro de conhecimento doutrinário que lhes possibilite um exame lúcido, capaz de os levar a conclusões esclarecedoras.
Muitas pessoas que conheceram recentemente a Doutrina, antes de estudarem Kardec, Léon Denis, Gabriel Delanne e outros autores conceituados; antes de lerem as obras de médiuns como Francisco Cândido Xavier, Yvonne A. Pereira, Divaldo Franco, José Raul Teixeira, estão se deparando com obras fantasiosas, escritas em linguagem vulgar, contendo o que pretendem seus autores – encarnados e desencarnados – sejam novas revelações.
Bezerra de Menezes, Emmanuel, André Luiz, Meimei, Manoel Philomeno de Miranda, Joanna de Ângelis e tantos outros Espíritos se tornaram conhecidos e respeitados pelo conteúdo sério, objetivo, seguro, esclarecedor de suas obras, sempre redigidas em linguagem nobre. Esses Espíritos conquistaram, pouco a pouco, o respeito, a credibilidade e a admiração do público espírita pelo conteúdo de seus escritos, na forma de mensagens ou de  livros, publicados espaçadamente, como que dando tempo a um estudo sereno e criterioso do seu conteúdo.
Nos dias que correm, infelizmente, o quadro se modificou. Muitos médiuns, valendo-se de nomes já conhecidos pelo valor de suas obras, tentam impor-se aos leitores espíritas, não pelo valor das mensagens em si, mas escorados em nomes respeitáveis.
Sabendo-se que nomes pouco importam aos Espíritos esclarecidos, é de se perguntar por que os benfeitores que se notabilizaram através de Francisco Cândido Xavier haveriam de continuar usando seus nomes em mensagens transmitidas através de outros médiuns? Se o importante é servir à causa do Bem, por que essa continuidade na identificação, tão pessoal, tão terrena? Não seria mais consentâneo com a impessoalidade do trabalho dos Servidores do Bem deixar que o valor intrínseco da mensagem se revele, sem estar escorado num nome conhecido? Por que não deixar que a mensagem se imponha pelo valor de seu conteúdo? Por que escudar-se em nomes respeitá-veis, quando o texto não resiste a uma comparação, até mesmo superficial, de conteúdo e, às ve-zes, até mesmo de forma?
Por que essa ânsia insofreável de publicar tudo o que se recebe – ou que se imagina ter recebido – dos Espíritos? Onde o critério, a sobriedade tantas vezes recomendada na obra de Kardec? Será que o público espírita já leu, estudou, analisou, entendeu toda a produção mediúnica produzida até agora?
Ao dizer isso não se está afirmando que a fase de produção mediúnica está encerrada. Sabe-se que a Doutrina é dinâmica, que a revelação é progressiva. Progressiva, e não regressiva, pois há obras que estão muito abaixo daquilo que se publicou até hoje, para não dizer que há aquelas que nunca deveriam estar sendo publicadas.
Infelizmente, os periódicos espíritas, de modo geral, não publicam análises dessas obras que estão sendo comercializadas, ostentando indevidamente o nome da Doutrina. 
Impera, no meio espírita, um sentimento de falsa caridade, um pieguismo mesmo, que impede se analise uma obra diante do público. Essas atitudes é que encorajam médiuns ávidos de notoriedade à publicação dessa verdadeira avalancha de obras, que vão desde aquelas discutíveis a outras verdadeiramente reprováveis.
Nesse particular, é justo se chame a atenção dos dirigentes de núcleos espíritas, sejam centros, sejam livrarias, a fim de que avaliem a responsabilidade que lhes cabe quanto ao que é dado a público em nome do Espiritismo. O dirigente – ou o grupo responsável pela direção de uma casa espírita – responderá perante o Alto, sem a menor dúvida, pela fidelidade aos princípios doutrinários de tudo o que se divulga em nome do Espiritismo, seja na exposição oral, num livro ou simplesmente num folheto. O mesmo se diga relativamente àqueles responsáveis pelas associações intituladas “clube do livro”.

       José Passini
                        passinijose@yahoo.com.br

domingo, 15 de abril de 2012

Plantão Sobre o Estado de Saúde de Raul Teixeira




Raul prossegue com seu tratamento, acompanhado constantemente
por fisioterapeuta e fonoaudiólogo. Faz visitas regulares a seu médico
e seu estado geral vem apresentando melhoras graduais.

  Tem ido a SEF semanalmente para receber passes, quando pode
abraçar alguns dos amigos presentes, pertencentes às equipes de
trabalho.


  Sua disposição prossegue firme, atendendo de forma disciplinada às
orientações médicas e realizando com regularidade os exercícios que
lhe são passados no sentido de recuperar a fala e o movimento do
membro direito.


  Quando a oportunidade permite, continuam sendo transmitidos ao
nobre amigo os abraços e os votos de recuperação endereçados
pelas pessoas, o que o deixa sempre muito feliz.

  Fraternalmente
  Diretoria da SEF 
www.sef.org.br

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Falsos Profetas


Falso profeta não é somente aquele que perturba o serviço da fé religiosa.
Sempre que negamos a execução fiel dos nossos deveres, somos mistificadores, diante da Lei Divina, que nos emprestou os dons da terra, em favor do aprimoramento de nós mesmos.
Na maledicência, somos falsos profetas da fraternidade.
Na discórdia, somos mistificadores da paz.
Na preguiça, somos charlatões do trabalho.
Na indiferença, somos inimigos do dever.
Toda vez que olvidamos as nossas obrigações de solidariedade para com os nossos semelhantes, que prejudicamos o serviço que nos cabe atender, que fugimos aos nossos testemunhos de humildade, que oprimimos as criaturas inferiores, somos falsos profetas do ideal superior que abraçamos com o Cristo.
A terra é a nossa escola.
O lar é o nosso templo.
O próximo é o nosso irmão.
A humanidade é a nossa família.
A luta é o nosso aprendizado.
A natureza é o livro sublime da vida.
Não nos esqueçamos, assim, de que, um dia, seremos chamados à prestação de contas dos talentos e dos favores que hoje desfrutamos, para resgatar o dia de ontem e santificar o dia de amanhã.


Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro “Levantar e Seguir”. Lição nº 11. Página 57.