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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Alimentação no Mundo Espíritual




Para quem entende pouco da doutrina espírita, dificilmente vai acreditar que se usa alimentação no mundo espiritual.
Esta alimentação é muito usada assim que o espírito desencarna. Eles sentem muita fome e precisam se alimentar com os alimentos semelhantes aos que usavam no corpo físico. Os espíritos errantes sentem muita fome. Esta fome é porque já estavam condicionados aos alimentos quando encarnados. Os hábitos terrenos continuam por algum tempo na vida espiritual e só com o tempo, a evolução e o entendimento estes hábitos vão mudando.

A alimentação difere de colônia para colônia espiritual. Existe alimentação semelhante a da terra, porém não muito grosseira e são carregadas de fluído vital.

A alimentação mais grosseira que existe é no umbral. Ali os espíritos vão atrás dos encarnados afins e se alimentam juntos com eles, na mesa deles. Sugam as energias vitais que deveriam ir para os encarnados, saem dali fartos. Nos bares e restaurantes também encontramos muitos destes espíritos. Eles estarão sempre onde houver encarnados que vibram na mesma faixa psíquica, ou seja, que possuem pensamentos semelhantes. Quando os encarnados vão-se evangelizando, estes espíritos ou se evangelizam também ou vão a procura de outros encarnados afins. É por isto que é muito bom a prece na hora das refeições. Isto afasta estes convidados indesejados.

A obra “Colônia São Paulo” nos cita um caso de duas senhoras que estavam em estado crítico. Elas foram resgatadas por bons irmãos e levadas para a colônia. Como elas estivessem sempre comandadas por seres perversos, tiveram que ir à colônia sedadas. Lá ele viu botijões de oxigênio, máscaras ligadas até elas. Havia uma outra máscara com tubos, parecendo sonda para se alimentar. O alimento era dado a elas por estes tubos. Veja bem, dizia Flávia ao irmão Marcílio, como nossas irmãs são dependentes desse alimento. Posso dizer que sem ele elas não estariam aqui, porque o estado de debilidade poderia fazer com que elas novamente fossem atraídas de volta ao vale de onde foram retiradas.

Em outra passagem irmã Flávia afirma: Mesmo sedadas, os alimentos passam pelas sondas que estamos vendo, levando regeneramento ao interior desses espíritos. Dentro deles, esse alimento não só revigorará as causas nesses anticorpos, como também lhes fornecerá um novo e resistente campo imunológico. Eles têm carência dessa ajuda, e sendo assim não só a elas como a muitos são concedidos esses benefícios. Há outros benefícios além dos que já expliquei, há outros muito importantes nesse alimento. São acrescentadas fórmulas que, uma vez dentro do ser, agem como se fossem um expelidor de resíduos imprestáveis. Uma maneira mais fácil de entender: agem como se as desintoxicasse por dentro. Com o soro, com os sedativos e mais esses alimentos que são fornecidos, logo quando acordarem demonstrarão um novo estado de aceitação, aqui nesta Colônia, e, um pouco mais desprendidas daqueles que se diziam chefes delas, vão ver que tudo que aqui lhes está sendo feito e fornecido é para seu próprio bem. Como elas, existem muitos outros em condições piores. Há casos mais dolorosos, não só aqui, como também em região de difícil acesso.

A medida que o espírito evolui a alimentação muda até praticamente o seu término. A obra “Nosso Lar” fala muito na alimentação na colônia. Segundo esta obra houve sérios problemas com a alimentação: “muitos recém-chegados ao “Nosso Lar” duplicavam exigências. Queriam mesas lautas, bebidas excitantes, dilatando velhos vícios terrenos. Apenas o Ministério da união ficou imune de tais abusos.” Por aqui vemos que os chegantes queriam que a colônia fosse uma extensão da terra com todos os seus vícios alimentares. E continua a obra: “...Vieram duzentos instrutores de uma esfera muito elevada, a fim de espalharem novos conhecimentos, relativos à ciência da respiração e da absorção de princípios vitais da atmosfera.

As reuniões para a mudança da alimentação em “Nosso Lar” demoraram por mais de 30 anos, houve inclusive alguns protestos. Como houve uma pequena rebeldia, houve também uma pequena repreensão: “Por mais de seis meses, os serviços de alimentação, em “Nosso lar”, foram reduzidos à inalação de princípios vitais da atmosfera, através da respiração, e água misturada a elementos solares, elétricos e magnéticos.” Desde então, só existe maior suprimento de substâncias alimentícias que lembra a Terra, nos Ministérios de Regeneração e do Auxílio onde há sempre grande número de necessitados.


Em várias partes da obra “Nosso Lar” André Luiz nos fala em alimentação como nesta passagem: “ A essa altura, serviram-me caldo reconfortante, seguido de água muito fresca, que me pareceu portadora de fluidos divinos. Aquela reduzida porção de líquido reanimava-me inesperadamente. Não saberia dizer que espécie de sopa era aquela; se alimentação sedativa, se remédio salutar. Novas energias amparavam-me a alma...”

Em outra passagem diz André Luiz: “Terminada a oração, chamou-nos à mesa a dona da casa, servindo caldo reconfortante e frutas perfumadas, que mais pareciam concentradas de fluidos deliciosos. Eminentemente surpreendido, ouvi a senhora Laura observar com graça:

- Afinal, nossas refeições aqui são muito mais agradáveis que na Terra. Há residências, em “Nosso Lar” que as dispensam quase por completo; mas, nas zonas do Ministério do Auxílio, não podemos prescindir dos concentrados fluídicos, tendo em vistas os serviços pesados que as circunstâncias impõem. Despendemos grande quantidade de energias. É necessário renovar provisões de força.

- Isso, porém - ponderou uma das jovens -, não quer dizer que somente nós, os funcionários do Auxílio e da Regeneração, vivamos a depender de alimentos. Todos os Ministérios, inclusive o da União Divina, não os dispensam, diferindo apenas a feição substancial. Na Comunicação e no Esclarecimento há enorme dispêndio de frutos. Na Elevação o consumo de sucos e concentrados não é reduzido, e, na União Divina, os fenômenos de alimentação atingem o inimaginável.”

No mesmo capítulo ele afirma: “...Nós outros, criaturas desencarnadas, necessitamos de substâncias suculentas, tendentes à condição fluídica, e o processo será cada vez mais delicado, à medida que se intensifique a ascensão individual.”

Já na obra “Colônia São Paulo” descobrimos uma passagem em que o irmão Marcílio pergunta a Alexandre se ele deseja tomar um suco. O irmão fica muito surpreso e diz a Marcílio que já não necessita mais desses alimentos.

Allan Kardec já falava em alimentação no mundo espiritual. Em uma comunicação do Espírito Cura de Bizet ele afirma: ...”mas também tive sob os olhos o atroz espetáculo da fome entre os Espíritos. Encontrei lá em cima muitos desses infelizes, mortos nas torturas da fome, ainda procurando em vão satisfazer uma necessidade imaginária, lutando uns contra os outros para arrancar um pedaço de comida que se esconde nas mãos, se entrerasgando e, se assim posso dizer, se entredevorando; uma cena horrível, pavorosa, ultrapassando tudo quanto a imaginação pode conceber de mais desolador. (Revisa Espírita de Allan Kardec, n. 6 - junho de 1868).”

Também a obra de Yvone A . Pereira - Memórias de um Suicida fala de um espírito que fora hospitalizado na colônia, a respeito da comida: “A cada um de nós foi servido delicioso caldo, tépido, reconfortante em pratos tão alvos quanto os lençóis; e cada um sentiu o sabor daquilo que lhe apetecia”.

O livro “Cartas de um morto vivo” recebido do Espírito David Hatch por Elsa Barker diz que o que mais interessa aos recém desencarnados é a alimentação. Afirma que os Espíritos errantes comem e bebem, principalmente muita água. Aliás, a água é o principal alimento no mundo espiritual pois faz muito bem ao perispírito. Os espíritos informam que a água tem muito valor no mundo espiritual. É esse líquido, poderoso veículo de fluidos de qualquer natureza, usado também como medicação. O mesmo espírito acima informa sobre uma jovem que desencarnara brevemente. Indagada sobre a alimentação ele dizia que as coisas para ela não mudaram muito, até pioraram um pouco mais de quando estava encarnada. Ela estava numa pensão porque era pobre. A alimentação era muito ruim, pior que a da terra além de ser pouca. Diz ainda que comia as mesmas coisas como carne, batatas, pastéis, pudins. Por aí percebemos que não houve muitas mudanças para este espírito. Só com o tempo haverá as devidas mudanças.

O Espírito Monsenhor Robert Hugh Benson na obra “A vida nos mundos invisíveis” relata: “As frutas eram perfeitas na forma, ricas em cor, e pendiam em grandes cachos. Colheu algumas e ofereceu-nos, assegurando que nos fariam bem. Eram frescas ao tato e notavelmente pesadas para seu tamanho; o sabor, delicioso, a polpa, macia, sem ser difícil nem desagradável de tocar, e uma quantidade de suco semelhante ao néctar, escorria delas. Meus dois amigos observavam-me atentamente enquanto eu comia umas ameixas, ambos revelando uma expressão de jovial expectativa. Sendo abundante o suco eu temia que escorresse sobre minha roupa”. Mais adiante ele afirma: “As frutas daquele pomar não eram apenas para os que necessitassem de algum tratamento após a morte física, mas estavam à disposição de quem quer que os desejasse comer pelo seu efeito estimulante.”

Deve-se entender que esta alimentação ainda um pouco grosseira é para os mundos que não estão tão evoluídos. Nas faixas superiores já não se usa mais isto e a alimentação que nutre o espírito é o AMOR. O amor é a base de tudo. Ao lado do amor temos a caridade. O amor fraterno se torna uma necessidade nos espíritos superiores. Se pudéssemos encontrá-los, veríamos que eles estão sempre ajudando aos irmãos necessitados. Isto se torna praticamente o alimento deles. Este fato também já acontece entre irmãos que estão encarnados. Há muita gente que só se sente bem quando está praticando a caridade. É como se uma coisa lhe faltasse e ele adquire mais força para a luta. É incrível a força que adquire estes espíritos que possuem um corpo tão frágil. Exemplos temos alguns por aí: Chico Xavier, Irmã Dulce, Madre Teresa de Calcutá, Gandhi, Francisco de Assis, Frei Simão e tantos outros. É de se imaginar onde estas pessoas adquiriram tanta força em corpos tão frágeis.

Ainda segundo André Luiz o principal alimento de “O nosso Lar” é a água. Diz ele que, “aqui, ela é empregada sobretudo como alimento e remédio” e continua: “na maioria das regiões da extensa colônia, o sistema de alimentação tem aí suas bases.

A obra “Colônia São Paulo” dá melhores explicações sobre a alimentação no mundo espiritual. Transcreveremos alguns dos trechos importantes desta obra com referência a esta alimentação. É o irmão Flávio que dá as explicações: “O ser quando está no corpo físico, cria hábitos alimentares e outros que dificilmente perdem quando chega do lado de cá. Sendo assim, os médicos aqui fazem uma avaliação das necessidades daquele ser recém-chegado e nos passam. Aí então preparamos alimentos similares, por exemplo: o arroz, a sopa, o suco, só que com propriedades que temos aqui, e nunca sendo real, como lá na Terra. Ao se alimentar ele pensa que está ingerindo aquelas coisas com que se alimentava quando encarnado. Mal sabe ele que aquelas substâncias ali contêm desintoxicantes, para que ele se possa beneficiar, vindo a perder o efeito da vida desregrada. (...) Todos os alimentos têm lá suas proteínas e vitaminas, e têm também enzimas. Essas enzimas, na medida de proporção menor, atingem o espírito de uma certa forma, mas não tão comprovada, porque são de menor quantidade. Quando a proporção é grande, vejamos: o vício que o ser adquire é nada mais do que hábito, imprudência, que pode acarretar-lhe sérias conseqüências futuramente. A gula excessiva tende a fazer com que o ser se suicide, sem que ele saiba ou perceba. Ele antes intoxica o seu espírito com as enzimas negativas, vindo isto a prejudicar a saúde, por exemplo no caso das alergias. Veja bem, há remédios que adormecem a alergia, mas que não acabam com ela, porque ela foi a um nível tão alto no corpo, que atingiu o espírito, e, uma vez no espírito, não há remédio na Terra que cure, de ordem física, a não ser de cá.

Nas zonas umbralinas a alimentação extraída é diferente. “O negativismo em que vivem faz com que segreguem deles ectoplasmas, que manipulados por eles servem-lhes de alimento. Mas não é tudo, porque uma hora o desfalecimento das capacidades fará com que eles não saibam onde buscar e encontrar o ectoplasma, havendo a necessidade da ajuda dos que lá trabalham para o bem



Do livro “Colônia São Paulo”.

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