Blog do CLE Missionários da Luz (o primeiro Clube do Livro Espírita de Olinda- PE), que tem como objetivo reunir os atuais associados, conquistar novos amigos e divulgar a Doutrina Espírita, praticando um dos belos conselhos do Espírito Emmanuel: "A maior caridade que praticamos, em relação à Doutrina Espírita, é a sua própria divulgação."Sejam todos bem vindos ao nosso Blog!Conheça,divulgue, compartilhe conosco este espaço que é de todos nós!

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Dia de Perdoar




Deus enriquece a sua vida de amor e paz. Hoje é dia de pensar no perdão.

Quando penso nesse assunto, noto que, em regra, assumimos postura contraditórias: desejamos ser perdoados, todavia nos custa perdoar.

É muito nobre quando alguém pede perdão por suas faltas.

Chegar à pessoa a quem prejudicamos e pedir desculpas revela a nossa condição humana. Quem pede perdão admite que não é perfeito, que erra e se engana. É um ato de humildade; reconhece-se a própria fragilidade. O orgulho nunca nos dá nada de bom, só nos isola das pessoas, situa-nos numa posição de falsa superioridade. Pedir perdão não é demonstração de fraqueza; ao contrário, revela a grandeza da alma. É importante reconhecer que não sou bom, o maravilhoso, mas que sou alguém como todo mundo, com erros e acertos.

Será de voce tem necessidade de desculpar-se com alguém? Que tal aproveitar esse dia para desfazer esse nó que tanto incomoda? Não deixe para amanhã. Tome a decisão de pedir perdão e voce verá o quanto isso lhe fará bem ao coração?

Agora se voce é quem foi prejudicado, sente-se magoado,ferido, é bom considerar que o perdão também é indicado no seu caso. Aconselha Joanna de Ângelis que o perdão é sempre melhor para quem perdoa. Isso se explica pelo fato de que o perdão liberta o ofendido dos laços mentais que mantinha com o ofensor. Enquanto não perdoarmos, ficaremos ligados com a pessoa que nos prejudicou, formando uma cadeia indissolúvel de ódio e revolta. Essa cadeia tem uma energia, que é negativa, a envolver ofensor e ofendido num clima vibratório nada agradável. O ódio e a mágoa nos aprisionam ao passado, não nos deixam progredir, a vida fica amarrada, nossos projetos não decolam, nossos relacionamentos não fluem. É como se houvesse um nó no fio da nossa vida. E só o perdão arrebenta esses laços destrutivos.

Quando alimentamos mágoas e ressentimentos por algum tempo, estamos também prejudicando a nossa saúde. Perdemos o apetite, desenvolvemos úlceras, poderemos experimentar insônia, enxaqueca, alterações da pressão arterial e tantos outros disturbios de saúde. Mágoas e ódios são venenos. Alguém já disse que guardar ressentimento é o mesmo que tomar veneno e querer que o outro morra. Acredita-se, mesmo, que o ódio e a mágoa são poderosos venenos que podem diminuir o número de anos que teríamos pela frente. Não é apenas figurativo a idéia de que alguém morreu de raiva. Quem não perdoa, por certo está se prejudicando. Além do mais, devemos nos lembrar que só seremos perdoados dos nossos erros quando perdoamos os erros do próximo. O perdão é uma via de mão dupla: só se é perdoado quando se perdoa. Recebo aquilo que dou, eis a lei que Jesus ensinou: "Perdoai as nossas dívidas assim como perdoamos aos nossos devedores".

Uma forma eficiente de nos ajudar a perdoar consiste em lembrarmos dos nossos próprios erros. Somos criaturas falíveis, também ofendemos o nosso próximo. Então por que não perdoar se eu também preciso de perdão?

Será que há pessoas que você precisa perdoar? Eu acredito que você deve ter pelo menos alguém a perdoar. Então espere mais um minuto para experimentar essa força fantástica que se chama perdão. Lembre-se de que, ao perdoar você não estará fazendo favor aos que ofenderam; estará sim, libertando-se dos tristes episódios que o infelicitaram e que ainda ocupam grande espaço em sua vida. Tenho certeza de que sua vida será outra se você perdoar do fundo do seu coração. Cure-se pelo perdão.



Eu perdoo todas as pessoas que, por ignorância, prejudicaram-me.

Desejo o bem a todos os que não me compreendem.

Liberto-me de todas as experiências amargas.

Liberto-me do ódio e da mágoa.

Estou em paz com o mundo.


Fonte: Livro -  Para o dia nascer feliz - José Carlos de Lucca, Petit Editora

terça-feira, 30 de outubro de 2012

No Ato de Pedir




Em formulando rogativas ao Céu, não olvides que a oração, como súplica, tanto quanto ocorre a edificações comezinhas da experiência humana, pode ser dividida em três processos essenciais: desejo,esforço e realização.
O desejo é a aspiração ardente.
O esforço é o trabalho
A realização é a resposta da vida.

O arquiteto concebe um edifício, mas se não mobiliza os recursos precisos à construção, não logra concretizar o projeto.
O oleiro idealiza o vaso nobre, entretanto, se foge ao contacto com o barro obscuro que lhe propiciará a obra prima, em vão tê-la-á estruturado na visão mental. 
O lavrador sonha com a messe rica e farta, contudo, se abandona a enxada à ferrugem, quando a gleba lhe solicita suor na sementeira, debalde esperará pela colheita que se lhe desvanecerá no espírito por ilusão distanciada e inútil... 

Não te circunscrevas ao ato de suplicar...
Felicidade e esperança, alegria e amor, cooperação e simpatia, são talentos substanciais que nos reclamam sacrifício para frutescerem no campo da vida. 
Indispensável plantar o bem nos mínimos atos de cada dia, nas mais insignificantes situações e entre os mais ínfimos seres, se nos propomos colher o bem, na forma de saúde e bom ânimo, ventura e segurança, contentamento e fé viva. 

Recorda que o próprio Cristo, em desejando a redenção da Humanidade, não se limitou ao êxtase das preces inoperantes no Céu.
Oferecendo-se em nosso auxílio, veio até nós e sofreu a extrema renúncia, para legar-nos os tesouros eternos da vida. 

Na oração em que te diriges à Providência Divina implorando algo, não te esqueças de que algo deves fazer para que algo obtenhas.
Sobretudo, ajuda indistintamente, porque o serviço ao próximo é a oração mais completa a garantir--nos o crédito necessário aos sentimentos e raciocínios, às idéias e às palavras, que, alicerçados no bem puro e simples, se convertem, com a bênção de Deus, para nós e para os outros em sublime realidade, hoje e amanhã. 


Do livro "Instrumentos do Tempo", psicografia de Francisco Candido Xavier pelo espírito Emmanuel.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Sugadores de Energia




Parece mentira, mas há pessoas que parecem “sugar” energia da gente! 
O Ph.D. em Administração de Empresa Luiz Almeida Marins Filho, relatou em um dos seus livros, que certa vez estava muito bem, alegre e satisfeito. E encontrou-se num shopping com um amigo e em meia hora de conversa, o amigo deixou-o um verdadeiro “trapo”, deprimido, triste.
Depois ficou pensando no que aconteceu e logo percebeu que aquela conversa horrível do “amigo”, falando só de doenças, roubos, estupros, filhos de amigos que haviam caído no vício, desemprego, falta de dinheiro, etc. acabou roubando-lhe a sua energia positiva! Quando acabou a conversa (onde só o amigo falou) ele parecia estar melhor do que nunca e, diz o Dr. Luiz, eu… em profunda depressão.
Cuidado com esses “sugadores de energia positiva”. Eles estão em todo o lugar: no trabalho, na família, na roda de amigos. Eles só sabem falar de desgraças. Só leem obituário dos jornais e a seção de crimes horrendos, Gravam em vídeo o noticiário policial. Fazem estatísticas e sabem de cor quantos sequestros ainda não foram desvendados, quantas crianças continuam desaparecidas, quantos sem-teto, sem-terra, sem-emprego, sem-tudo existem no mundo!
Essas são aquelas pessoas que quando você propõe um piquenique elas logo dizem: “- Vai chover!”. São pessoas que azedam baldes de sal-de fruta.
Eles são sempre “do contra”. Avisam que “não vai dar certo” e torcem para que nada aconteça. Depois dizem: “- Eu sabia que não ia dar certo…”.
Esses “sugadores de energia” vivem da energia alheia e é muito difícil conviver com alguém “puxando você pra baixo” o tempo todo. Não seja você também um “sugador de energia”
Que felicidade que seria a nossa, se aprendêssemos a expulsar da nossa memória as coisas desagradáveis, idéias tristes e deprimentes. Com certeza, nossa força iria multiplicar se pudéssemos conservar só os pensamentos que elevam e animam.
Há pessoas que não podem se lembrar das coisas agradáveis. Quando nos encontram, tem sempre algo de triste a contar. Com qualquer mal que sofreram, se angustiam muito. Como se não bastasse, se preocupam até com que vão sofrer… Sabem lembrar-se só de fatos discordantes.
Dão a ideia de um armazém de quinquilharias, objetos inúteis e deteriorados. Retém tudo mentalmente, com medo de precisarem uma vez ou outra, disto ou daquilo, de maneira que o seu armazém mental está
Bastaria que estas pessoas fizessem uma limpeza regular, que as livrassem dos montões inúteis e depois, organizassem o que sobrou, para terem êxitos. No entanto, não são incomuns, pessoas que se “enterraram” na infelicidade e na desarmonia. Outras, fazem exatamente o contrário. Falam sempre de coisas agradáveis e interessantes experiências que têm feito.
São indivíduos que passaram até perdas, aflições, mas falam delas tão poucas vezes, que parece nunca terem tido na vida, senão boa sorte e amigos. Estas pessoas fazem-se amar.
O hábito de mostrar aos outros o nosso aspecto positivo, é o resultado do nosso equilíbrio interior.
Quando estamos tristes por algum sofrimento, devemos procurar a sua causa para eliminá-lo.
Geralmente, porém, quando sofremos, buscamos a causa fora de nós.
Vemos pessoas se queixando que tem má sorte, suspeitando que seu vizinho é a causa, porque não se dá com ele, ao passo que ele é bem favorecido com a sorte nos negócios, na vida familiar, sendo estimado inclusive, pelos conhecidos. Se examinarmos as circunstâncias da vida destas pessoas, verificaremos que a queixosa é negligente, gastadora, intolerante nas opiniões e indisciplinada, ao passo que a outra pessoa é cumpridora dos seus deveres, econômica, modesta, não calunia, nem adula.
Emprega bem o seu tempo disponível lendo bons livros, fazendo cursos, esportes, ajudando seu próximo, sendo útil. Por isso, é estimada. Ao passo que a queixosa, está sempre perdendo (tempo, trabalho, fregueses, dinheiro, a família e os amigos), e sempre não tem tempo. Vamos eliminar dos nossos corações, a desconfiança, o ódio, a inveja e a descrença e vamos cultivar a alegria, a fé e a crença no amor e na Justiça Divina, e será certo que venceremos na luta que a vida nos destina.

NECESSIDADE DE UMA CARGA ENERGÉTICA VITAL
Todos nós possuímos necessidade de uma carga energética vital para nutrir nossos corpos físico e espiritual. A medida que gastamos a carga energética vital ela deve ser reposta, os mecanismos naturais de recomposição (respiração, alimentação, absorção fluido Universal cósmico universal e fluidos vitais através dos chacras, que será transformado

A reposição dessa carga energética vital na quantidade mínima que necessitamos para manter a
vida depende de vários fatores, tais como: o modo de vida, o meio, a qualidade dos pensamentos, dos sentimentos, das sensações, entre outros.

NUTRIÇÃO ENERGÉTICA
Uma parte da energia que precisamos nós obtemos através da alimentação, ou seja, através de comida sólida e líquida, o arroz-feijão de cada dia. Outra parte das energias vitais absorvemos através da respiração.
Porém, a maior parte de energia Vital que necessitamos é extraído do Fluido Cósmico Universal que é absorvido diretamente pelo perispírito através dos centros de forças.
Nossa nutrição energética acontece, em geral, de modo inconsciente, automático, orientado e regulado pela própria inteligência instintiva dos nossos corpos físico e espiritual.

A RELAÇÃO ENTRE SENTIMENTOS E A PRODUÇÃO DE FLUIDO VITAL
Como vimos a maior parte de energia Vital que necessitamos é extraído do Fluido Cósmico Universal que é absorvido diretamente pelo perispírito através dos centros de forças.
O Fluído Cósmico Universal é absorvido por todos os centros de forças, porém os chacras intermediários do perispírito são os responsáveis de transformá-lo em Fluído Vital Espiritual para metabolização no perispírito e depois é canalizado para o duplo-etérico para densificá-lo, transformando-o em Fluído Vital Físico e direcionando-o para o organismo, com maior ou menor intensidade, de acordo com os sentimentos da criatura.
Quando obstruímos os chacras, principalmente o chacra esplênico, bloqueamos a maior parte de entrada de energia vital.
Quando temos bons sentimentos estamos sempre com o nosso nível de fluido vital no máximo. Quando alternamos entre bons e maus sentimentos ficamos com nível intermediário. Quando a maior parte do tempo cultivamos maus sentimentos o nosso nível de fluido vital fica no nível mínimo.

PARA EVITAR CARÊNCIA DA CARGA ENERGÉTICA
Para não termos carência da carga energética vital devemos:
1º. Alimentar-se de forma adequada (Vitaminas e Minerais);
2º. Combater e eliminar os vícios;
3º. Melhorar os pensamentos e os sentimentos.

Quando nos alimentamos de forma inadequada, ingerindo alimentos pobres em vitaminas e minerais provocamos desnutrição energética. Fumar, se embriagar, se drogar, etc., gastam muita energia vital causando desnutrição energética. Porém, a pior desnutrição energética é provocada por sentimentos negativos. Por isso, melhorar os pensamentos e os sentimentos são fatores importantes e fundamentais para preservar os níveis e fluxos energéticos, porque mantém os chacras livres das energias densas produzidas pelos sentimentos negativos que bloqueiam os chacras impedindo a produção de fluidos vitais.

TROCA ENERGÉTICA
Quando nos aproximamos de outra pessoa sempre ocorrerá uma simbiose energética. Por isso estamos permanentemente trocando energias com outras pessoas, tais como as que vivem nossas casas, no ambiente de trabalho, nos locais públicos.
Ao mesmo tempo, cada um de nós interage com outros seres humanos que de nós se aproximam,
estabelecendo com eles os mais variados tipos de combinações energéticas, influenciando-os e por eles sendo influenciados.
De forma permanente trocamos energias com sistemas externos, tais como nossas casas, ambiente de trabalho, nos locais públicos.

DIFICULDADES NA PRODUÇÃO DE ENERGIA VITAL
Como vimos, quando se obstrui ou fecha o chacra esplênico, bloqueia-se a maior parte da entrada de energia vital, e a pessoa passa perder força vital e não mais produz uma impressão vigorosa.
A pessoa passa a agir como se não estivesse “presente”. Estará por baixo em matéria de energia e ficará enfermiça. Faltar-lhe-á força física. A pessoa fica sem estrutura para se identificar, fecha-se no mundo, vive no passado, sem alegria, sem satisfação. Há perda de apetite, ansiedade, aflição, palpitação, angústia, desespero, medo, pânico. Falta de equilíbrio emocional, falta de ânimo, falta de força, desgaste físico. Falta de criatividade, dificuldade de expressão. A pessoa se fecha, não consegue se livrar da angústia.

SUGADORES DE ENERGIAS
Pessoas físicas e psicologicamente sadias e equilibradas nutrem-se, diretamente, nas fontes naturais de energia. Mas, as pessoas desequilibradas, que, por terem perdido o contato com a sua própria natureza interna mais profunda, perderam, também, a capacidade de absorver e
processar o alimento energético natural, precisam, para sobreviver, por em prática um expediente horrível: sugar a energia vital de outras pessoas. Estas pessoas são chamadas de “sugadores de energias”.
As características de um sugador são muitas. Mas, a principal e da qual todas as demais derivam, é o egocentrismo. Quanto mais a pessoa estiver voltada para si mesma, concentrada em si mesma, mais ela terá dificuldade para estabelecer contato com fontes naturais de nutrição energética e maior será sua tendência para sugar energia vital dos outros.

MECANISMO DOS SUGADORES DE ENERGIA
No caso dos sugadores de energia ocorrerá que ele praticamente não terá energia para transmitir. As pessoas se tornam Sugadoras de Energia porque absorvem a energia do outro e por estarem debilitadas, metabolizam e consomem toda a energia absorvida e não sobra nada para retornarem a outra pessoa. E toda energia que o Sugador absorver será metabolizada e consumida pelo seus organismos físico e espiritual, ou seja, irá absorver muito mais do que emitir, causando assim um deficit energético na outra pessoa.

MECANISMO DE DEFESA
Todos nós, por outro lado, somos, naturalmente, dotados de mecanismos de defesa contra a perda de energia vital. Mas, quando perdemos a posse e o controle de nosso centro de gravidade, quando, por stress, cansaço, tristeza, depressão, mania, frustração, neurose, o projetamos para fora de nós mesmos, alteramos e debilitamos a estrutura do corpo sutil, tornando-o
permeável a invasores. Assim nos tornamos presas fáceis dos sugadores de energias, porque aceitamos suas provocações com facilidade, e isto nos vincula a eles. Por debilitação energética está se colocando em condição de presa fácil dos espíritos obsessores, que normalmente insuflam idéias de depressão, angústia, autoflagelamento, suicídios, etc.

OS TIPOS DE SUGADORES DE ENERGIAS - O ESPECULADOR
Existem pessoas que usam a maneira de adquirir energia, fazendo perguntas para sondar o mundo da outra pessoa, com o propósito específico de descobrir alguma coisa errada. Assim que fazem isso, criticam esse aspecto da vida da outra pessoa, se essa estratégia der certo, aí a pessoa criticada é atraída para a vampirização. Se a pessoa criticada se ligar àquele nível de energia,
passar a dar atenção às críticas, cria-se um vínculo energético, uma simbiose, assim o especulador atinge o seu objetivo porque o criticado passa a transmitir energia para ele.

O COITADINHO
Quando alguém lhe conta todas as coisas horríveis que já aconteceram com ele, insinuando que todos são responsáveis pela situação que se encontra, menos ele é claro, e que se ninguém
ajudá-lo essas coisas horríveis vão continuar, essa pessoa está buscando fazer você
se ligar a ele pelo sentimento de pena e de forma passiva começa a sugar energias,
este tipo de vampirização chamamos de coitadinho.
Pense nisso num instante. Nunca se viu com alguém que o faz se sentir culpado
quando está em presença dele, mesmo sabendo que não existe nenhum motivo para
se sentir assim?
Quando isto acontece, é que você entra no mundo dramático de um coitadinho.
Tudo que eles dizem e fazem nos deixam numa posição em que parece que não
estamos fazendo o bastante para ajudá-la. Por isso é que nos sentimos culpados só
por estar perto dela.
Existem pessoas que chegam ao extremo que for necessário para conseguir sugar
a energia da família. E depois disso, essa estratégia passa a ser a maneira dominante
para extrair energia de todos, repetindo-a constantemente.

O INTIMIDADOR
Tem também o intimidador, que ameaça as pessoas tentando envolvê-las através da agressividade.
Se a pessoa agredida se ligar àquele nível de energia, passar a dar atenção, cria-se um vínculo energético, uma simbiose, assim o agressor atinge o seu objetivo porque o agredido passa a transmitir energia para ele através de mágoas, rancor, ódio, etc. Portanto, quando passamos a combater a agressão com a agressão passamos a ser vampirizados assim como também sugar energia dos outros.

AS PESSOAS DE MAL COMPORTAMENTO SUGAM ENERGIA
Uma forma de entendemos a existência de pessoas violentas, agressivas, destrutivas (que criticam tudo), que reclamam de tudo, que se queixam de tudo, é porque estas atitudes são formas de sugar a energias das outras pessoas. Por não conseguirem se ligar com a energia cósmica, porque não se moralizam, não largam seus vícios, não mudam seus comportamentos egoísticos, encontram nestas formas de ser, o meio de sugar a energia das outras pessoas.

EXEMPLO DE COMO AGEM OS SUGADORES DE ENERGIA
Quando duas pessoas se postam frente a frente para uma conversação, e começa ocorrer disputa de opiniões, críticas, intimidações, etc.
Imediatamente os campos de energia dos dois irão tornar-se de algum modo mais densos e excitados, como por uma vibração interna. À medida que prosseguir a conversa, os campos começarão a misturar-se.
No final, quem conseguir argumentar melhor, sairá mais fortalecido, porque estará com parte da
energia do outro, e em consequência, o outro sairá com menos energia, portanto, enfraquecido, se
sentindo esgotado,
Tudo isso ainda é inconsciente na maioria das pessoas. Tudo que sabemos é que nos
sentimos fracos quando perdemos uma discussão, e quando vencemos nos sentimos melhor.
Em resumo, vimos que dominar outro faz o dominador se sentir poderoso e esperto, porque
suga a energia vital dos que são dominados.

FLUXO E REFLUXO DAS ENERGIAS SUGADAS
Quando um deles estabelecer um ponto que demonstre certa vantagem sobre o adversário, seu campo criará um movimento que parecerá sugar o campo de energia do outro. Mas aí, quando a outra pessoa fizer sua refutação, a energia refluirá novamente para ela. Em termos da dinâmica dos campos de energia, marcar o ponto parece significar apoderar-se de parte do campo de energia do adversário e puxá-la para dentro de si.

A MAIOR VIOLÊNCIA COMETIDA PELOS SUGADORES DE ENERGIA
A pior violência que os sugadores de energia fazem é escolher como suas vítimas as pessoas que se encontram enfraquecidas, porque estão entregues a doenças físicas, ou perturbadas psiquicamente, e ou ainda, sendo vampirizadas por espíritos que a induziram a processos obsessivos.

O QUE ACONTECE QUANDO MÉDIUM QUE TEM CARÊNCIA DE ENERGIA VITAL
Toda pessoa que tem sentimentos negativos produz pouco fluido vital e dificulta o fluxo. Toda a pessoa que tem sentimentos negativos tem carência energética vital, portanto, ao dar passe o passista irá vampirizar o paciente sugando a carga energética vital.

Fumar gasta muita energia vital. Se embriagar gasta muita energia vital. Toda a pessoa que fuma ou bebe tem carência energética vital, portanto, ao dar passe o médium irá vampirizar o paciente sugando a carga energética vital. O médium que tem vícios ao dar passagem psicofônica sugará a energia vital do espírito comunicante. Idem para qualquer outro tipo de mediunidade. Mágoas, más
paixões, egoísmo, orgulho, vaidade, cupidez, vida desonesta, adultério etc, também causam deficiência energética vital.
O passista não precisa ser um santo, mas necessita esforçar-se na melhoria íntima e no aprendizado intelectual. Todos podemos ministrar passes, porém é necessário um mínimo de preparo moral a fim de que realmente possamos ajudar.

DOAR ENERGIA COM AMOR NÃO NOS FARÁ FALTA
Não nos esqueçamos, vivemos ligados a uma Fonte Inesgotável de Energias vitais. Se estivermos com a nossa carga de energia vital completa, não sentiremos falta quando outras pessoas absorverem energias de nós. Pelo contrário nos sentiremos felizes de poder doar a nossa energia vital com amor. Doar energia vital com amor não nos fará falta. Porém, para doar energia vital com amor temos que cuidar dos nossos pensamentos e sentimentos.

O PAPEL DO AMOR
Quando começamos a apreciar a beleza, admirar detalhes e prestar atenção nas coisas, nas pessoas, passaremos a contemplar o princípio da emoção de amor.
O papel do amor está mal compreendido. Devemos sentir amor por tudo. O amor não é uma coisa que devemos fazer para ser bons ou tornar o mundo um lugar melhor, por alguma abstrata responsabilidade moral, ou porque devemos desistir de nosso hedonismo.
Quando chegarmos a um nível em que sentirmos as energias de amor vindo das outras pessoas,
poderemos mandar a energia de volta, agora agregada com o nosso amor, é só desejar.
E ninguém se sentirá mais fraco por isso, porque estaremos recebendo mais energia de uma fonte
inesgotável, que é o cosmos.
Se ligar na energia cósmica provoca emoção, depois euforia e depois amor. Encontrar bastante energia para conservar esse estado de amor sem dúvida faz bem ao mundo, porém mais diretamente a nós.
Lembre-se de parar quantas vezes for preciso para se religar com a energia cósmica. Permaneça cheio, permaneça em estado de amor. A maior caridade que podemos fazer para o próximo é DOAR AMOR.


Vampirismo/Sugadores de Energias
01. Nosso Lar – pág. 31 e 168
02. Missionários da Luz – cap. 4; cap.6 pág. 62; cap. 11 pág. 129, 135 e 137.
03. Obreiros da Vida Eterna – cap. 18 pág. 276 e 279
04. No mundo Maior – cap. 14 pág. 192 e 196
05. Libertação – cap. 4 pág. 62; cap. 9 pág. 115
06. Entre a Terra e o Céu – cap. 5 pág. 32 a 34; cap. 23 pág. 141
07. Nos Domínios da Mediunidade – cap. 6 pág. 54 e 59; cap. 13 pág. 123
08. Evolução em Dois Mundos – 1ª parte cap. 15
09. Mecanismos da Mediunidade – cap. 15 pág. 114; cap. 16 pág. 119
10. Sexo e Destino – 1ª p. cap. 6 pág.50; cap. 8 pág. 83; 2ª p. cap. 8 pág. 255
11. Os Mensageiros – pág. 209
12. A vingança do Judeu – pág. 9
13. Espírito, Perispírito e Alma – pág. 129
14. História da Mediunidade – pág. 475
15. Ide e Pregai – pág. 57
16. Mediunidade (J.H.Pires) – pág. 57, 64, 118, 141, 244
17. Pérolas do Além – pág. 231
18. Revista Espírita/1860 – pág. 357 (Nov)
19. Sobrevivência e Comunicabilidade – pág. 284
20. Tramas do Destino – pág. 283
21. Universo e Vida – pág. 86
22. Vampirismo – Toda a obra.

Fonte: (Jornal da Mocidade – Ago/97 e Revista Espírita Allan Kardec – Mar/98)
Enviado por: Alfred J. Trautmanis

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Pagar o Mal Com o Bem




1 – Tendes ouvido o que foi dito: Amarás ao teu próximo e aborrecerás ao teu inimigo. Mas eu vos digo: Amai os vossos inimigos, fazei bem ao que vos odeia, e orai pelos que vos perseguem e caluniam, para serdes filhos de vosso Pai, que está nos céus, o qual faz nascer o seu o seu sol sobre bons e maus, e vir chuva sobre justos e injustos. Porque, se não amardes senão aos que vos amam, que recompensa haveis de ter? Não fazem os publicanos também assim? E se saudardes somente aos vossos irmãos, que fazeis nisso de especial? Não fazem também assim os gentios? – Eu vos digo que, se a vossa justiça não for maior e mais perfeita que a dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino dos Céus. (Mateus, V: 20, 43-47).

            2 – E se vós amais somente aos  que vos amam, que merecimento é o que vós tereis? Pois os pecadores também amam os que os amam. E se fizerdes bem aos que vos fazem bem, que merecimento é o que vós tereis? Porque isto mesmo fazem também os pecadores. E se emprestardes somente àqueles de quem esperais receber, que merecimento é o que vós tereis? Porque também os pecadores emprestam uns aos outros, para que se lhes faça outro tanto. Amai, pois, os vossos inimigos, façam bem, e emprestai, sem nada esperar, e tereis muito avultada recompensa, e sereis filhos do Altíssimo, que faz bem aos mesmos que lhe são ingratos e maus. Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso. (Lucas, VI: 32-36).

            3 – Se o amor do próximo é o princípio da caridade, amar aos inimigos é a sua aplicação sublime, porque essa virtude constitui uma das maiores vitórias conquistadas sobre o egoísmo e o orgulho.

            Não obstante, geralmente nos equivocamos quanto ao sentido da palavra amor, aplicada a esta circunstância. Jesus não pretendia, ao dizer essas palavras, que se deve ter pelo inimigo a mesma ternura que se tem por um irmão ou por um amigo. A ternura pressupõe confiança. Ora, não se pode ter confiança naquele que se sabe que nos quer mal. Não se pode ter para com ele as efusões da amizade, desde que se sabe que é capaz de abusar delas. Entre pessoas que desconfiam umas das outras, não pode haver os impulsos de simpatia existentes entre aquelas que comungam nos mesmos pensamentos. Não se pode, enfim, ter a mesma satisfação ao encontrar um inimigo, que se tem com um amigo.

            Esse sentimento, por outro lado, resulta de uma lei física: a da assimilação e repulsão dos fluidos. O pensamento malévolo emite uma corrente fluídica que causa penosa impressão; o pensamento benévolo envolve-nos num eflúvio agradável. Daí a diferença de sensações que se experimenta, à aproximação de um inimigo ou de um amigo. Amar aos inimigos não pode, pois, significar que não se deve fazer nenhuma diferença entre eles e os amigos. Este preceito parece difícil, e até mesmo impossível de se praticar, porque falsamente supomos que ele prescreve darmos a uns e a outros o mesmo lugar no coração. Se a pobreza das línguas humanas nos obriga a usarmos a mesma palavra, para exprimir formas diversas de sentimentos, a razão deve fazer as diferenças necessárias, segundo os casos.

            Amar aos inimigos, não é, pois, ter por eles uma afeição que não é natural, uma vez que o contato de um inimigo faz bater o coração de maneira inteiramente diversa que o de um amigo. Mas é não lhes ter ódio, nem rancor, ou desejo de vingança. É perdoá-los sem segunda intenção e incondicionalmente, pelo mal que nos fizeram. É não opor nenhum obstáculo à reconciliação. É desejar-lhes o bem em vez do mal. É alegrar-nos em lugar de aborrecer-nos com o bem que os atinge. É estender-lhes a mão prestativa em caso de necessidade. É abster-nos, por atos e palavras, de tudo o que possa prejudicá-los. É, enfim, pagar-lhes em tudo o mal com o bem, sem a intenção de humilhá-los. Todo aquele que assim fizer, cumpre as condições do mandamento: Amai aos vossos inimigos.



Evangelho Segundo o Espiritismo, CAP. 12, itens 3 e 4

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Histórias de Chico Xavier - "Vá com Deus"



Eram oito horas da manhã de um sábado de maio. Chico levantara-se apressado. Dormira demais. Trabalhara muito na véspera, psicografando uma obra erudita de Emmanuel.
Não esperara a charrete. Fora mesmo a pé para o escritório da Fazenda.
Não andava, voava, tão velozmente caminhava.
Ao passar defronte à casa de D. Alice, esta o chama:
- Chico, estou esperando-o desde as seis horas. Desejo-lhe uma explicação.
- Estou muito atrasado, D. Alice. Logo na hora do almoço lhe atenderei.
D. Alice fica triste e olha o irmão, que retomara os passos ligeiros a caminho do serviço.
Um pouco adiante, Emmanuel lhe diz:
- Volte, Chico, atende à irmã Alice. Gastará apenas cinco minutos, que não irão prejudica-lo.
Chico volta e atende.
- Sabia que você voltava, conheço seu coração.
E pede-lhe explicação como tomar determinado remédio homeopático que o caroável Dr. Bezerra de Menezes lhe receitara, por intermédio do abnegado Médium.
Atendida, toda se alegra. E despedindo-se:
- Obrigada, Chico. Deus lhe pague! Vá com Deus! 
Chico parte apressado. Quer recobrar os minutos perdidos.
Quando andara uns cem metros, Emmanuel, sempre amoroso, lhe pede:
- Pare um pouco e olhe para trás e veja o que está saindo dos lábios de D.
Alice e caminhando para você.
Chico para e olha: uma massa branca de fluídos luminosos sai da boca da irmã atendida e encaminha-se para ele e entra-lhe no corpo...
- Viu, Chico, o resultado que obtemos quando somos serviçais, quando
possibilitamos a alegria cristã aos nossos irmãos?
E concluiu:
- Imagine se, ao invés de VÁ COM DEUS, dissesse, magoada, "vá com o
diabo". Dos seus lábios estariam saindo coisas diferentes, como cinzas, ciscos, algo pior...
E Chico, andando agora naturalmente, sem receio de perder o dia, sorri satisfeito com a lição recebida. Entendendo em tudo e por tudo o SERVIÇO DO SENHOR, refletindo nos menores gestos, com os nomes de Gentileza, Tolerância, Afabilidade, Doçura, Amor.

Extraído do livro "Lindos Casos de Chico Xavier" de Ramiro Raquel Gama.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Telefone Mediúnico




Uns não acreditam nas comunicações dos espíritos, outros acreditam demais e querem obtê-las com a facilidade de uma ligação telefônica. Nem tanto ao céu, nem tanto a terra! 
Se as comunicações entre as criaturas terrenas nem sempre são fáceis, que dizer das que se processam entre os espíritos e os homens? Muita gente procura o médium como se ele fosse uma espécie de cabina telefônica. Mas nem sempre o circuito está livre e muitas vezes o espírito chamado não pode atender.
Não há dúvida que estamos na época profetizada por Joel, em que as manifestações se intensificam por toda parte. Nem todos os espíritos, porém, estão em condições de comunicar-se com facilidade. Além disso, a manifestação solicitada pode ser inconveniente no momento, tanto para o espírito quanto para o encarnado.

A morte é um fenômeno psicobiológico que ocorre de várias maneiras, de acordo com as condições ídeo-emotivas de cada caso, envolvendo o que parte e os que ficam. A questão 155 de O livro dos espíritos explica de maneira clara a complexidade do processo de desencarnação. Alguns espíritos se libertam rapidamente do corpo, outros demoram a fazê-lo e isso retarda a sua possibilidade de comunicar-se.

Devemos lembrar ainda que os espíritos são criaturas livres e conscientes. Não estão ao sabor dos nossos caprichos e nenhum médium ou diretor de sessões tem o poder de fazê-los atender aos nossos chamados. Quando querem manifestar-se, eles o fazem espontaneamente, e não raro de maneira inesperada. Enganam-se os que pensam que podem dominá-los. Já ensinava Jesus, como vemos nos Evangelhos: o espírito sopra onde quer e ninguém sabe de onde vem nem para onde vai.

É natural que os familiares aflitos procurem obter comunicação de um ente querido. Mas convém que se lembrem da necessidade de respeitar as leis que regem as condições do espírito na vida e na morte. O intercâmbio mediúnico é um ato de amor que só deve realizar-se quando conveniente para os dois lados.

O espiritismo nos ensina a respeitar a morte como respeitamos a vida, confiando nos desígnios de Deus. Só a misericórdia divina pode regular o diálogo entre os vivos da terra e os vivos do além. Façamos nossas preces em favor dos que partiram e esperemos em Deus a graça do reencontro que só Ele nos pode conceder.

Muitos religiosos condenam as comunicações mediúnicas, alegando que elas violam o mistério da morte e perturbam o repouso dos mortos. Esquece-se de que os próprios espíritos de pessoas falecidas procuram comunicar-se com os vivos. Foram dessa procura de comunicação dos mortos, tão insistente no mundo inteiro, que se iniciam de maneira natural as relações mediúnicas entre o mundo visível e o invisível.

O conceito errôneo da morte, como aniquilamento ou transformação total da criatura humana, gera e sustenta essas formas de superstição. O espiritismo, revivendo os fundamentos esquecidos do cristianismo puro, mostra-nos que a comunicação mediúnica é lei da vida a nos libertar de erros e temores supersticiosos do passado.


J. Herculano Pires (Irmão Saulo)


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Deus e Nós...

Foto: Meu Deus, permiti que os bons Espíritos que me cercam venham a mim, quando eu me achar em aflição, e me amparem, se eu tropeçar. Fazei, Senhor, que me incutam fé, esperança e caridade; que me sejam um sustentáculo e uma prova da vossa misericórdia. Fazei, enfim, que junto deles encontre eu a força que me falta nas provações da vida e, para resistir às sugestões do mal, a fé que salva e o amor que consola.



Quando o mundo geme, atormentado, é como um soluço que escapa de nosso peito e busca o Pai Celeste.
Quando as provações visitam a nossa vida, e tudo parece cinza, o coração se agita em busca do Senhor dos Mundos.
E Deus está presente.

A grande certeza que assinala nossa vida é a existência de um Pai amoroso, que vela por nós.
Esqueçamos tudo o que nos disseram sobre um Deus vingativo. Apaguemos de nossa mente a imagem de um Deus mesquinho, que aplica punições para Seus filhos. Essas coisas são criação humana.
Deus é todo amor. Causa de todas as coisas, Senhor dos Mundos, Ele nos criou por Sua vontade.

Deu-nos a preciosa vida, plantou em nós as sementes dos sentimentos, deixou florescer inteligência, livre-arbítrio e sorrisos.
Ao longo dos milênios, esse Divino Amor nos segue. Acompanha nossa trajetória, testemunha nossos erros e acertos. E aguarda. Sim, pacientemente Deus aguarda.

Ele espera o fim de nosso tempo de tempestades, de turbulência íntima.
Sabe que é passageira essa época atormentada, em que ainda não sabemos domar os sentimentos, controlar a mente ou ser feliz com as coisas do Espírito.
Ele sabe que estamos em plena era de descobertas. É paciente com esses filhos que agem como crianças tolas, embora sejam homens maduros.
Sim, Deus está ao nosso lado.
Para ver os sinais Dessa presença grandiosa, basta aprender a ler o grande livro da natureza.

Cada estrela que reluz no céu é um recado do Pai Celeste. O brilho dos sóis, nas galáxias distantes, nos fala da magnífica Criação além da Terra.
E nos transmite a mensagem silenciosa: mesmo no breu das noites escuras, há luzes de esperança.

Deus está vivo nas flores que criou para enfeitar jardins e campos. Girassóis, lírios, rosas e margaridas traduzem o carinho Divino por todos nós.
Se Deus os veste tão ricamente, muito mais faz por nós.
Cantoria de passarinhos, brisa que agita os cabelos, o espetáculo do mar que brilha ao sol - tudo isso é Deus sussurrando mensagens de beleza e harmonia aos nossos ouvidos cansados, como um hino de esperança.

Por isso não demoremos mais: abramos a janela da alma para Deus. Ele está ali, no templo do nosso coração.
Para amá-Lo, aprendamos a cuidar de tudo o que Ele criou. Mesmo que não entendamos alguém, não concordemos com algo ou não gostemos de alguma coisa, esforcemo-nos, ao menos, para respeitar o fruto do trabalho Divino. Já é um belo começo.

Deus sorri de volta quando O buscamos. Portanto, busquemo-Lo.
Um dia, estaremos frente a frente com a morte. E mesmo que tenhamos milhares de amigos, esta será uma experiência solitária, uma viagem individual.

Estaremos diante de nós mesmos. Os parentes, amigos e amores ficarão para trás. Ou terão partido antes.
E nessa hora suprema, haverá somente um Ser a quem poderemos chamar com inteira confiança: Deus.

É ao nosso Pai que volveremos os olhos cheios de esperança. E Ele - que nos ama muito - estenderá até nós o Seu amor e seremos abraçados, acolhidos.
No colo desse Pai Divino, nos sentiremos embalados como pequenas crianças. E nosso coração se encherá de imortal alegria.


Fonte: Redação do Momento Espírita

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Cura Espiritual




"Quantas enfermidades pomposamente batizadas pela ciência médica não passam de estados vibracionais da mente em desequilíbrio?" 

No trato com as nossas doenças, além dos cuidados médicos indispensáveis à nossa cura, não nos esqueçamos também de que, quase sempre, a origem de toda enfermidade principia nos recessos do espírito.

A doença, quando se manifesta no corpo físico, já está em sua fase conclusiva, em seu ciclo derradeiro.

Ela teve início há muito tempo, provavelmente, naqueles períodos em que nos descontrolamos emocionalmente, contagiados que fomos por diversos vírus potentes e conhecidos como raiva, medo, tristeza, inveja, mágoa, ódio e culpa.

Como a doença vem de dentro para fora, isto é, do espírito para a matéria, o encontro da cura também dependerá da renovação interior do enfermo.

Não basta uma simples pintura quando a parede apresenta trincas.

Renovar-se é o processo de consertar nossas rachaduras internas, é escolher novas respostas para velhas questões até hoje não resolvidas.

O momento da doença é o momento do enfrentamento de nós próprios, é o momento de tirarmos o lixo que jogamos debaixo do tapete, é o ensejo de encararmos nossas paredes rachadas.

O Evangelho nos propõe tapar as trincas com a argamassa do amor e do perdão.

Nada de martírios e culpas pelo tempo em que deixamos a casa descuidada. O momento pede responsabilidade de não mais se viver de forma tão desequilibrada.



Quem ama e perdoa vive em paz, vive sem conflitos, vive sem culpa.

Quando atingimos esse patamar de harmonia interior, nossa mente vibra nas melhores frequências do equilíbrio e da felicidade, fazendo com que a saúde do espírito se derrame por todo o corpo.

Vamos começar agora mesmo o nosso tratamento?


EMMANUEL 



Livro: "Vinha de Luz", psicografia de Francisco Cândido Xavier

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Lamentações


Foto: "Se alguém te fala que é loucura o esforço que empreendes, silencia e insiste no dever."

 (Joanna de Ângelis)


Aglutinam-se na massa humana as pessoas desesperadas. 
Uma vaga de aflição paira ameaçadora no mundo, carregando os inquietos que perderam a direção de si mesmos, vitimados pelas circunstâncias dolorosas do momento. 

A insânia conduz expressivo número de criaturas que estertoram ao sabor do sofrimento, buscando fugir da realidade dos problemas, com a aparência voluptuosa de triunfadores nos patamares dos prazeres alucinantes. 

A desordem campeia, e ameaças desumanas transformam-se em torpe conduta nos países do mundo, destroçados por guerras impiedosas em nome de religiões fanatizadoras, de raças asselvajadas, de interesses mesquinhos... 

Os governantes da Terra perdem as rédeas da administração e negociam com organizações criminosas, estabelecendo colegiados políticos abomináveis. 

A corrupção adquire cidadania, e a imoralidade desfruta de status, perturbando os valores éticos e morais. 

Nuvens borrascosas avolumam-se nos céus já escurecidos da humanidade. Tudo anuncia a chegada dos dias apocalípticos, convocando à razão, à renovação dos códigos, à interiorização espiritual. 


*** 

Como conseqüência do período grave de transição, surgem o pessimismo, a desconfiança, as lamentações. De tal forma se vão arraigando no organismo individual e social, que os temas de conversação perdem os conteúdos ou se apresentam desconcertantes, caracterizados pelas sombras do desconforto, da mágoa, dos irrefreáveis desejos de vingança. 

A lamentação grassa e perturba as mentes, impedindo a ação corretora do bem, como se não adiantasse produzir com elevação, laborar com honradez. 

Lamentar não é atitude saudável. Pelo contrário, produz deterioração dos conteúdos bons que ainda remanescem em muitas vidas e movimentam-nas, sustentando os ideais de engrandecimento humano. 

A lamentação, qual ocorre com a queixa sistemática, é morbo portador de destruição, de desalento e morte. 

Antídoto aos males que infestam os dias atuais é ainda o amor, força única portadora de recursos salvadores. 

Este é um ciclo que se encerra, dando início a outro, que se irradiará plentificador. 

Os períodos de renovação fazem-se preceder por inumeráveis acontecimentos devastadores, nos mais diversos aspectos da natureza. O mesmo ocorre na área moral da humanidade. 

Assim, não te desalentes, nem duvides do triunfo do bem. Não fiques, porém, inativo, aguardando que forças atavias operem miraculosamente sem a tua contribuição. 

És importante no contato atual face ao que pense e como ajas. 

Produze, portanto, com esforço bem direcionado, oferecendo o teu contributo valioso, por menos expressivo te pareça. 

Não cedas o passo aos aventureiros da desordem. 

Permanece no teu lugar realizando o que podes, deves e te cabe fazer. 


*** 


Multa falta fazem Jesus e Sua doutrina no mundo. 

Fala-se sobre Ele, discute-se-Lhe a mensagem, mas não se vive o ensinamento que dela deflui. 

Sê tu quem confia e faz o melhor. 

Se cada cristão decidido resolvesse por viver Jesus, a paisagem atual se modificaria, e refloresceria a primavera no planeta em convulsão. 

Assim sendo, ama e contribui em favor do progresso, sem lamentação de qualquer natureza, em paz e confiança. 

Joanna de Ângelis.

Fonte: Divaldo Pereira Franco. Da obra: Momentos Enriquecedores. 

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Levanta-te e Anda





...”Levanta-te, apanha seu leito e anda...” (João 5, 8) 

Levanta-te, eis que urge o momento auspicioso da transformação, deveis desvincular-se dos grilhões que lhe aprisionam o coração e caminhar para a verdadeira renovação. 
Olvide as ofensas e injúrias ofertadas pelos irmãos em desalinho e que ainda peregrinam perdidos pelo campo da incerteza e desatenção, pois ainda não compreendem a singela oportunidade do refazimento e da renovação ao seguir os passos do Cristo. 
Perdoa os erros e as escolhas equivocadas dos que ainda não conseguem se libertar das prisões da imprudência e irracionalidade, tornando-se brando e agindo com sobriedade e resignação, mesmo quando as situações lhe pareçam contrarias aos anseios da redenção. 
Alimente-se no repasto sublime da caridade veneranda e propague no campo da serventia a semente da renovação e da fraternidade. Dessedente-se no regato da fé e refresque-se no manancial da esperança, para continuar perseverante na caminhada rumo à ascensão espiritual. 
Não cultive no campo fértil da existência, as sementes nocivas do orgulho e que possam contaminar-te o coração e sufocar os singelos grãos da caridade, ofuscando o brilho sublime da humildade consoladora. 
Dispa-se de todas as vestimentas opulentas do egoísmo e da vaidade, cubra-te com o manto da resignação e caminhe com regozijo na alma pela senda do progresso. 
Sois convocado ao campo do apostolado, sendo necessária sua dedicação plena para consolidar por todo o universo a união da família celestial. 
Serena os pensamentos, aja com sobriedade em todos os momentos e trabalhe com harmonia em plenitude para consolidar-se na dispersão de energias corrosivas que contribuem para o envenenamento de seu ser. 
Eleve-se na transformação de seu intimo, dissipe o amargor e as angustias que tanto insiste em fortificá-las através da conduta contraria ao evangelho de amor. 
Erga-te homem novo, a galgar áureo o degrau sublime da renovação e coloca-te a perpetuar o amor em sua sublime essência. 
O homem que anseia viver em plenitude, deve seguir o convite fraterno do Cristo e renascer homem novo a caminhar com seguridade pela senda do refazimento.


Antonio Carlos Gonzaga

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Entrevista Com Jesus de Nazaré




Com alguma dificuldade o repórter adentrou o recinto onde Jesus de Nazaré fazia mais uma exposição de suas ideias, aproveitando a companhia de um de seus seguidores, Pedro, que lhe assegurou um lugar próximo, que possibilitasse a entrevista assim que a exposição encerrasse, o que de fato aconteceu.

Jesus já se preparava para levantar-se, enquanto alguns dispersavam e outros tentavam falar com ele, quando o repórter antecipou-se e pediu-lhe uma entrevista, no que foi prontamente atendido.

Repórter: Por favor, seu nome e origem.
Jesus: Me chamo Jesus, sou de Nazaré, carpinteiro como meu pai, José. Minha mãe se chama Maria, mas alguns a chamam de Míriam, e tenho irmãos e irmãs.

R. Se me permite, vou direto a uma questão provocadora. O senhor pretende fundar uma nova religião ?
J. Não. Mas sei que muitos o farão assumindo o meu nome e adaptando meus ensinos aos seus interesses e objetivos.

R. Mas, se não pretende fundar uma religião, qual o propósito de suas peregrinações, de seus discursos e ensinos?
J. Pretendo relembrar, com outras palavras, o que já foi ensinado por outros antes de mim, como o grego Sócrates e o indiano Gautama, também chamado de Buda. Pretendo ensinar, sim, uma nova ética para a relação da criatura com o Criador, sem intermediários, discriminações ou favorecimentos.

R. É uma proposta que poderá ser considerada subversiva tanto pelas autoridades judaicas quanto romanas. O senhor não teme isso?
J. Não temo, mas sei que meus ensinos contrariam interesses de classe, de casta, de raça, de crença.

R. Seus seguidores são, em sua maioria, gente pobre, iletrada. Eles compreendem seus ensinos ?
J. Certamente compreendem mais e melhor que os ricos e nobres, já que convivem com o sofrimento e a escassez. Uso parábolas. Meus ensinos são para todos, mas dirijo-me mais diretamente a eles, pois são os mais necessitados de conforto e esclarecimento. Os ricos estão por demais envolvidos com outras coisas, como cuidar em multiplicar suas riquezas terrenas.

R. Vejo que homens e mulheres, doentes de todos os tipos, crianças, estropiados, loucos e prostitutas o cercam para ouvi-lo. Isso não o desagrada?
J. De modo nenhum, pois foi principalmente por eles e para eles que vim. Os nobres e ricos se sentem bem como estão, eu já lhe disse !

R. Como o senhor se posiciona quanto a mulher numa sociedade tão machista, tanto a romana quanto a judaica ?
J. Todos são iguais perante o Criador. Homens e mulheres têm os mesmos direitos e o mesmo futuro, segundo a vontade de nosso Pai.

R. Andam falando mal por vê-lo conversando com mulheres de má fama, principalmente sobre aquela cortesã. Não acha que isso pode comprometer seus propósitos ?
J. Não deixo que interesses mundanos e passageiros definam o que vou ensinar. Você se refere a Maria, aquela de Magdala. Pois eu lhe digo que foi ela a primeira quem melhor e mais completamente compreendeu meus ensinos. Desde então me acompanha e me ouve com atenção.

R. Alguns o consideram, e outros o desejam, como um novo rei dos judeus. Que diz disso ?
J. Não sou rei e não vim para disputar a política desse mundo. Estou aqui para reinar sobre corações, se assim me posso expressar. Meu reino não é deste mundo. O que desejo é que a paz se estabeleça entre homens e mulheres, que haja mais compaixão, tolerância, justiça e igualdade. Mas sei também que estou apenas semeando as ideias que só o futuro poderá tornar realidade.

R. Suas atitudes contra os fariseus e escribas têm gerado comentários que o colocam em perigo. Convenhamos que dizer que são túmulos caiados, brancos por fora e cheios de podridão por dentro é uma provocação perigosa, para dizer o mínimo !
J. Apenas aponto um fato. São homens que se fazem de bons e justos, mas não são bons nem justos. São oportunistas, vaidosos, egoístas, orgulhosos de suas posições tão transitórias, iludidos como se pudessem evitar a morte que virá buscá-los como a todos os outros.

R. E aqueles comentários sobre sua conversa com Moisés e Elias no monte Tabor? Ambos já não morreram há séculos? Isso está dando o que falar e muitos o consideram um lunático !
J. A morte não existe, por isso conversei com Moisés e Elias, e também com aqueles que vocês chamam de “demônios”, mandando que saíssem do corpo dos infelizes que atormentavam. Eles me respeitam e me obedecem. Não me importo que me considerem louco, pois fizeram pior com os profetas que vieram antes de mim.

R. Seus ensinos confundem. Como saber se uma pessoa é boa ou má, justa ou injusta?
J. Pelos frutos se conhece a árvore !

R. Por que o chamam de mestre, e porque existem tantos deuses ?
J. Porque de fato sou mestre, no que se refere às coisas da vida verdadeira, e quanto aos muitos deuses, só existe um Criador, que atende por muitos nomes. Quanto às guerras e violências praticadas em nome de deuses, … culpe os homens e não o Criador.

R. O senhor falou de falsos salvadores e falsos profetas. O que isso quer dizer ?
J. Porque muitos virão em meu nome, dizendo coisas que eu não disse, ensinando coisas que eu não ensinei, mercantilizando a fé em meu nome, farão das casas de oração verdadeiros mercados, aproveitarão a ignorância de muitos para se fartarem das coisas terrenas. Tudo em meu nome e no nome daquele que nos criou. Mas agora preciso ir. Outros em outros lugares me esperam.

R. Está triste, mestre? Deixe uma mensagem, um recado ou uma síntese dos seus ensinos para encerrarmos !

J. Ama o Eterno sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo ! Vá em paz !

Paulo R. Santos 




quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Valores Doutrinários




Allan Kardec afirmou que o Espiritismo silenciosamente iria fazer seu papel de agente modificador, e num futuro próximo iluminaria todos os segmentos da sociedade com sua proposta inovadora, guiando todos os ideais da Humanidade à luz do Evangelho de Jesus. No entanto, o panorama hoje é completamente diverso daquele para o qual se propôs, está sendo transformado em apenas mais uma religião, ora, religião por religião, as pessoas preferem ficar com a que já conhecem. Pois nenhum verniz social terá importância.

Não adiantará ser intelectual pregador, papa ou doutor, rico ou pobre. Religião nenhuma será símbolo de salvação, nada fará diferença, só a experiência intima gravada em cada um, reflexo vivo do amor de Deus a luz do dia. Quem tiver olhos de ver poderá distinguir o Espírito das coisas e não se tornar presa fácil do fascínio e afundar como muitos nesta areia movediça que encanta somente os que amam as futilidades mundanas. Urge refletir sobre a vida, pois neste século esta geração de Espíritas certamente já perdeu as grandes oportunidades, uma vez que já se esqueceram que o tempo pertence a Deus, mas a oportunidade pertence a nós.

Ele, baseado na opinião dos missionários do Alto, afirmou em diversos de seus escritos, que o Espiritismo confirma e revive o Cristianismo, para explicar e aplicar a doutrina do Cristo na vida dos homens. Uma doutrina renovadora que abriria para o homem um enorme leque de possibilidades dando a compreensão devida dos fenômenos da vida. Não falava ele de uma religião mas de uma doutrina. De um corpo de idéias fundamentadas numa realidade da vida cósmica.

Esta doutrina foi idealizada pelas inteligências incorpóreas que vieram ao mundo a pedido do Mestre Jesus, colaborar com o plano de Deus para seus filhos. Foi desenvolvida e devidamente solidificada pelo mestre lionês. É certo que conta com os homens para dar-lhe um rumo seguro e racional, reajustando-a em pontos necessários de acordo com a evolução das ciências, mas não se pode deduzir disso que deve sujeitar-se a interpretações pessoais ou idéias sem fundamento e desvirtuando seu sentido e objetivo básico para a qual veio ao mundo.

A beleza desse ideal, abre para o Espírito encarnado um infinito de oportunidades, mas infelizmente 99 % dos discípulos de Kardec, estão cegos para ele. Se até agora não aproveitaram as oportunidades, só resta aguardar as conseqüências do descaso. Aos espíritas de verdade resta demonstrar com trabalho e amor, a Doutrina em sua pureza na casa onde trabalham ou na via pública, pois a cada dia ficará mais difícil e complicado cumprir nas casas Espíritas, com os ideais abraçados em nome do Mestre Jesus. Na forma como hoje se apresenta, decerto não poderá exercer nenhuma influência significativa nos destinos do mundo nos próximos séculos, nem poderá modificar a sociedade com a proposta de modificar o homem isto só acontecerá se os supostos Espíritas de hoje, honrarem o nobre Gaulês e o pensamento do Espírito de Verdade na figura das futuras gerações.

O fascínio hoje está se desenvolvendo mais rápido e apoderando-se das mentes que lhes são afins. O próprio movimento Espírita está se perdendo, pois os Espíritas não estão se guiando mais pelos pensamentos do Espírito de Verdade e sim pelas manifestações do instinto em todos os níveis de convite à suprema bafomé. Na ilusão de estarem unificados, transformaram-se numa grande confusão doutrinária. Deixando de observar que estão se tornando vítimas do maior golpe do século, pois cegos não percebem em sua ignorância as portas abertas ao fascínio que hoje domina quase 100 % da família Espírita, deixando a, com um prejuízo moral incalculável.

Os espíritas compromissados com o ideal de Kardec sabem da importância dessa mensagem para definir os caminhos da humanidade. Trazendo à tona a pureza dos ensinamentos do Mestre Jesus, terá que fazer o seu papel de Consolador prometido. Para tanto é necessário que todos possam unir-se em torno dos mesmos objetivos, independente de rótulos ou ritos, a fim de que a mensagem possa chegar sem mácula aos que sofrem as agruras do mundo de Mamon. O centro espírita, sendo a célula máxima nesse processo de divulgação, terá que se preparar convenientemente para receber de maneira adequada aqueles que o procuram em busca de resposta para suas dores.

É hora pois, de tomada de posturas por parte daqueles que compreendem o verdadeiro sentido da mensagem do Espírito de Verdade. Frente a esse movimento onde predominam o domínio de grupos, a idolatria de vivos, a vazia oratória de cátedra, o fanatismo religioso e a disputa pelos primeiros lugares na festa, faz-se necessário à união dos espíritas sérios para levarem em frente o compromisso de se divulgar e realizar a obra do Espírito Divino junto aos destinos do homem.

Neste grave momento por que passa a humanidade, o papel do Consolador é extremamente crucial para todos nós, e os que têm olhos de ver podem fazer suas avaliações e chegar à conclusão da urgente necessidade de mobilizar forças em torno deste nobre ideal de renovação. Sem o esforço devido dificilmente haverá mudanças, já que a mobilização depende da conscientização de cada um. A união dos espíritas sérios, conforme denominação do próprio Allan Kardec, em torno de um objetivo comum, é portanto, vital para a manutenção de um ideal legitimamente kardequiano. Os que se afinizam com ele estarão em busca dessa união de maneira a garantir a permanência da mensagem divina no mundo, ajudando o homem a compreender as dificuldades pelas quais passa nesta hora de agonia e angústia. Não se trata de estabelecer diretrizes, pois elas já existem, mas de realizar a obra do Espírito de Verdade na Terra, da forma como estava previsto.

Portanto, estejamos livres de preconceitos, rótulos ou outras coisas que possam bloquear esta marcha e busquemos construir e renovar, mesmo divergindo sem, contudo dividir. Este é o grande papel que cabe aos espíritas realmente imbuídos de intenções sinceras na edificação dos destinos da humanidade na terra em direção ao Amor do mestre Jesus.

Vale relembrar a mensagem de Erasto em quando exorta os espíritas ao cumprimento de suas tarefas. Diz ele: "Ide e agradecei a Deus a gloriosa tarefa que vos concedeu. Mas, cuidado, que entre os chamados para o Espiritismo, muitos se desviaram da senda! Atentai, pois, no vosso caminho e buscai a verdade. Podeis reconhecer o verdadeiro espírita pela vitória de seus princípios, porque Deus quer que a sua Lei triunfe e os que a seguem são os escolhidos que vencerão, os que, porém, falsearem o espírito dessa lei, para satisfazerem suas vaidades e suas ambições, esses serão destruídos".

O mundo está abarrotado de tolices como se sabe. A cada dia surge mais e mais seitas e doutrinas humanas, que pegando carona nos ensinos do Cristianismo, ditam normas, fazem adeptos e atraem incautos para suas fileiras. E dentre os enganados não estão apenas os mais simples, mas aqueles que se dizem bem formados intelectualmente. Esses, muitas vezes sem se aperceberem, dão guarida a doutrinas mundanas, assim chamadas por atenderem unicamente aos interesses da matéria, embora se apresentem muito bem encapadas com rótulos de ciência do comportamento entremeadas por pensamentos espiritualistas que trabalham a auto-estima do ser, na verdade só destrói a capacidade de raciocino criativo.

Nos últimos anos, viu-se alastrar no seio das sociedades doutrinas do egoísmo, do orgulho, da exaltação da personalidade, Pomposamente chamadas de doutrinas de auto-ajuda, fito terapias e outras tantas. Estas falsas filosofias que induz o homem a pensar, que para amar ao próximo o homem precisa primeiro amar-se a si mesmo. Nesse esforço passa toda a sua vida preocupando consigo, frequentando os divãs dos analistas, bancos de igrejas, palestras em centros espíritas, templos budistas, evangélicos. São pessoas atormentadas, infelizes, insatisfeitas com a vida que levam e que acreditam encontrar a paz e a felicidade nas explicações sobre seus traumas, suas experiências frustrantes, suas complicadas relações com afetos ou desafetos. Perdem muitas vezes, a oportunidade de crescer justamente por se voltar unicamente para si, durante toda uma existência.

Esse pensamento, que permeia a maioria das filosofias superficiais existentes atualmente, encontrou terreno fértil na imaturidade no mundo Espírita. Os livros sobre o assunto assumiram os primeiros lugares em vendas na sociedade. Já se sabe de longas datas, que o homem procura sempre o que é mais fácil. Por preguiça ou ignorância busca sempre os atalhos na esperança de ter menos trabalho, despender menos esforço. Por essa razão, envolve-se com facilidade em coisas dessa natureza, com doutrinas falsas que não exigem muito esforço da criatura e que, pelo contrário, sopram doces palavras de elogios em seus ouvidos, estimulando o tão festejado ego. Acreditam cegamente que o ego é o grande motor de suas realizações. Quanto mais amarem a si mesmos, mais amarão aos outros. É o que pensam e o que ensinam os grandes "doutores" do ensino nas organizações Espíritas.

E nessa ilusão eles vivem, sofrem, fazem sofrer, atormentam-se e escravizam-se cada vez mais em seus problemas, tribulações e dificuldades. Entretanto, Jesus em todos os seus discursos ensinou que apenas um caminho há para que a criatura encontre sua paz interior, o caminho da felicidade verdadeira: a Caridade. Mas a caridade segundo o que Ele ensina, ou seja, a prática absoluta do amor. Segundo os Espíritos superiores, Jesus entende a caridade como benevolência para com todos, indulgência para com as imperfeições alheias e perdão das ofensas. Perguntamos: o que isso tem a ver com o amar a si mesmo? Nada. Mas tem tudo a ver com o amar ao próximo. Ou seja, primeiro se compreende porque se deve e como se deve amar o próximo, e a partir de então se começa a vislumbrar uma prática diferente de vida, cultivando os valores verdadeiros do Espírito, conquistados com a prática desse amor ao próximo. Em resumo, o homem ama o próximo porque já tem o amor em si, que é tanto maior quanto mais ele compreende as leis de Deus e os objetivos da vida.

Jesus, sabedor da natureza egoísta do homem em seu atraso espiritual, colocou a medida do amor no outro e não em si mesmo. O amor que se tem pelo outro é que demonstra a qualidade moral do Espírito e não o contrário. A pessoa que não se dispõe a servir, não se dispõe a amar, e se não se dispõe a amar é porque ainda está preocupado apenas consigo mesma, criando problemas existenciais às vezes inexistentes até aquela oportunidade. Interpelado pelos seus amigos sobre quem era o maior dentre eles, o Mestre demonstrou que o maior era quem servia mais, dizendo: "Eu não vim aqui para ser servido, mas para servir". Ele se postava como servo e os homens se postam como senhores.

Eis a dimensão do abismo entre o que quer Jesus e o que deseja o homem. Qual razão Jesus teria de nos pedir para atender os nus, amparar os enfermos, visitar os encarcerados, curar as doenças, saciar a fome e a sede dos necessitados, se não fosse para, através da prática do amor ao próximo, construir um edifício de virtudes para o Espírito imortal? Como poderá o homem amar-se primeiro com tanto a fazer pelo outro? Como pode a criatura pretender ser feliz com tanto sofrimento na face do planeta? Só o egoísmo e orgulho do Espírito podem justificar tal pensamento. O amar a si mesmo, portanto, conforme ensina Jesus, foi premeditadamente desvirtuado para atender ao reino de Mamon e longe está do entendimento que é dado pelos homens.

Urge que se tenha um outro entendimento sobre esta máxima. Amar ao próximo é a Lei Maior, através da qual o homem alcançará os degraus da sabedoria e da plena felicidade. É necessário que se tenha cautela com os arautos da doutrina do egoísmo que se alastrou pelo mundo e se transformou em uma grave enfermidade moral da qual o homem terá de se livrar um dia, mas que, por agora, envolve com facilidade boa parte do planeta. Ela vem com a capa do bem, do altruísmo, da reforma interior, mas não passa de artimanhas utilizadas pelos Espíritos inferiores para manter o mundo no atraso, mantendo o homem em sua condição de imperfeição. Infelizmente essas entidades infelizes encontram uma multidão de pessoas que lhes dão ouvidos e contam com a ajuda de personalidades importantes, no campo religioso ou fora dele, para semear a inutilidade, passando-se por mestres. Na verdade são cegos conduzindo cegos. Cairão no abismo, conforme profetizou Jesus.

Enfim, a Doutrina Espírita é a materialização do pensamento e vontade do Espírito de Verdade, que vem nos mostrar um novo modo de ver a vida, descortinando horizontes aos olhos dos homens, e trazendo-lhes esperanças, consolações, mas acima de tudo libertação da ignorância, da cadeia reencarnatória e do mundo das formas. Mas, não é uma nova doutrina. Fundamenta-se completamente na moral do Cristo, como agente estimulador do crescimento do homem como um todo. É o Cristianismo redivivo, chamando novamente os homens para suas responsabilidades diante da vida. É o encadeamento dos ideais divinos para a libertação do homem das trevas e o conseqüente despertar para a luz. Moisés abriu a estrada, Jesus continuou a obra, e com o Espiritismo acabará, de resto, é refletir sobre as palavras do Espírito de Verdade, "Todas as verdades se encontram no Cristianismo, os erros que nele se enraizaram são de origem humana".



Fonte: http://www.consciesp.com.br/p1o.htm