Blog do CLE Missionários da Luz (o primeiro Clube do Livro Espírita de Olinda- PE), que tem como objetivo reunir os atuais associados, conquistar novos amigos e divulgar a Doutrina Espírita, praticando um dos belos conselhos do Espírito Emmanuel: "A maior caridade que praticamos, em relação à Doutrina Espírita, é a sua própria divulgação."Sejam todos bem vindos ao nosso Blog!Conheça,divulgue, compartilhe conosco este espaço que é de todos nós!

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Provas da Existência e da Sobrevivência do Espírito




"A alma do homem sobrevive ao corpo e conserva a sua individualidade após a morte deste."
(Allan Kardec: Obras póstumas. Primeira parte, item 7)

"Provam a existência da alma os atos inteligentes do homem, por isso eles hão de ter uma causa inteligente e não uma causa inerte. Que ela independe da matéria esta demonstrado de modo patente pelos fenômenos espiritas que a mostram agindo por si mesma (...)"
(Allan Kardec: Obras Póstumas. Primeira parte, item 6)

"A sobrevivência da alma à morte do corpo está provada de maneira irrecusável e até certo ponto palpável, pelas comunicações espíritas. Sua individualidade é demonstrada pelo caráter e pelas qualidades peculiares a cada um. Essas qualidades, que distinguem umas das outras as almas, lhes constituem a personalidade (...) Alem dessas provas inteligentes, há também a prova material das manifestações visuais ou aparições, tão frequentes e autênticas, que não é lícito pô-las em dúvida."
(Obras póstumas. Primeira parte, item 7)

À pergunta - existe a alma? - a ciência responde talvez, os fenômenos do magnetismo, do hipnotismo e da anestesia dizem que sim, e nisso confirmam todas as deduções da filosofia e as afirmações da consciência.

Constrangidos, pelas evidências dos fatos, a admitir uma força diretriz no homem, grande número de materialistas se refugiam em uma última negativa, sustentando que essa energia se extingue com o corpo, de que ela não era senão uma emanação. Como todas as forças físicas e químicas, dizem eles, a alma, essa resultante vital, cessa com a causa que a produz; morto o homem, está aniquilada a alma.

Será possível? Não seremos mais que um simples conglomerado vulgar de moléculas sem solidariedade umas com as outras? Deve desaparecer para sempre nossa individualidade cheia de amor e, do que foi um homem, não restará verdadeiramente senão um cadáver destinado a desagregar-se, lentamente, na fria noite do túmulo?

A primeira refutação a esse pensamento de que o Espírito se origina da matéria vem do raciocínio lógico de Descartes: cogito, ergo sum (penso, logo existo), que poderia ser entendido assim: a matéria por si mesma não pensa, logo existe em mim, além da matéria, algo que é o agente do meu pensamento. Poder-se-ia admitir que é o cérebro que segrega esse pensamento, como o fígado segrega a bílis? Seria isso ilógico considerarmos que, sendo o pensamento um efeito inteligente, não reclamaria a existência de uma causa também inteligente.

Allan Kardec assinala que a dúvida, no que concerne à existência dos Espíritos, tem como causa primária a ignorância acerca da verdadeira natureza deles. Geralmente, são figurados como seres à parte da criação e de cuja existência não está demonstrada a necessidade. Seja qual for a ideia que dos Espíritos se faça, a crença neles necessariamente se funda na existência de um princípio inteligente fora da matéria. Essa crença é incompatível com a negação absoluta deste princípio.

Se a crença nos Espíritos e nas suas manifestações - afirma ainda Kardec - representasse uma concepção singular, fosse produto de um sistema, poderia, com visos de razão, merecer a suspeita de ilusória. Digam-nos, porém, por que com ela deparamos tão vivaz entre os povos, antigos e modernos, e nos livros santos de todas as religiões conhecidas? É, respondem os críticos, porque, desde todos os tempos, o homem teve gosto do maravilhoso. - Mas, que entendeis por maravilhoso? - O que é sobrenatural. - Que entendeis por sobrenatural? - O que é contrário às leis da Natureza. - Conheceis, porventura, tão bem essas leis, que possais marcar um limite ao poder de Deus? Pois bem! Provai então que a existência dos Espíritos e suas manifestações são contrárias às leis da Natureza; que não é, nem pode ser uma destas leis. Acompanhai a Doutrina dos Espíritos e vede se todos os elos, ligados uniformemente à cadeia, não apresentam todos os caracteres de uma lei admirável, que resolve tudo que as filosofias até agora não puderam resolver.

Os fenômenos que evidenciam a existência e a sobrevivência do Espírito vêm sendo pesquisado, sobretudo a partir do século XIX, por pessoas sérias e conceituadas em vários países. A pesquisa existente a respeito desse assunto é muito rica. Citaremos aqui apenas algumas modalidades desse trabalho investigativo.


Fenômenos de exteriorização da alma:

Durante o sono quando o corpo descansa e os sentidos estão inativos, podemos verificar que um ser vela e age em nós, vê e ouve através dos obstáculos materiais, paredes ou portas, e a qualquer distância. O ser fluídico se desloca, viaja, paira sobre a Natureza, assiste a uma multidão de cenas, e tudo isso se realiza sem a intervenção dos sentidos materiais, estando fechados os olhos, e os ouvidos nada percebendo.

Kardec denomina este fenômeno, de clarividência sonambúlica. Assim se expressa o Codificador do Espiritismo:

Sendo de natureza diversa das que ocorrem no estado de vigília, as percepções que se verificam no estado sonambúlico não podem ser transmitidas pelos mesmos órgãos. É sabido que neste caso a visão não se efetua por meio dos olhos que, aliás se conservam, em geral, fechados. Ao demais, a visão à distância e através dos corpos opacos exclui a possibilidade do uso dos órgãos ordinários da vista. E a alma que confere ao sonâmbulo as maravilhosas faculdades de que ele goza.


Casas mal-assombradas e transporte de objetos:

O Fenômeno das casas mal-assombradas e um dos mais conhecidos e frequentes. Encontramo-lo um pouco por toda a parte. Numerosíssimos são os lugares mal-assombrados, as casas, em cujas paredes e em cujos soalhos e móveis se ouvem ruídos e pancadas. Em certas habitações, os objetos se deslocam sem contato; caem pedras lançadas do exterior por uma força desconhecida; ouvem-se estrépidos de louça a quebrar-se, gritos, rumores diversos, que incomodam e atemorizam as pessoas impressionáveis.

A história do moderno Espiritualismo começou por um caso de natureza mal-assombrada. As manifestações da casa de Hydesville, assim visitada em 1848, e as tribulações da família Fox, que nela residia e são bem conhecidas.


Fenômeno das mesas girantes

Mesas girantes são o nome dado às comunicações dos Espíritos por meio do movimento circular que eles imprimem a uma mesa. Este efeito igualmente se produz com qualquer outro objeto, mas sendo a mesa o movem com que, pela sua comodidade, mais se tem procedido a tais experiências, a designação de mesas girantes prevaleceu, para indicar esta espécie de fenômenos.


Manifestação dos Espíritos pela escrita

Variadas são as formas de comunicação dos Espíritos pela escrita, a saber:

a) Psicografia indireta: obtida por meio de pranchas, cestas e mesinhas às quais se adapta um lápis.

b) Psicografia direta ou manual: Obtida pelo próprio médium sob a influência dos Espíritos, podendo aquele ter, ou não consciência do que escreve.

c) Escrita direta ou Pneumatografia: produzida espontaneamente, sem o concurso, nem da mão do médium, nem do lápis. Basta tomar-se de uma folha de papel branco, dobrá-la e depositá-la em qualquer parte, numa gaveta, ou simplesmente sobre um móvel. Feito isso, se a pessoa estiver nas devidas condições, ao cabo de mais ou menos longo tempo, encontrar-se-ão, traçados no papel, letras, sinais diversos, palavras, frases e até dissertações, as mais das vezes com uma substância acinzentada, análoga à plumbagina, doutras vezes com lápis vermelho, tinta comum e, mesmo, tinta de imprimir.


Manifestação dos Espíritos pela audição e pela palavra

Os Espíritos podem-se comunicar pelo aparelho auditivo do médium, o que possibilita a este manter com eles conversação regular. Podem, de igual modo, atuar sobre os seus órgãos da palavra. Nesse caso, o médium transmite as idéias dos Espíritos muitas vezes sem ter consciência do que está falando e, frequentemente, diz coisas completamente estranhas à suas ideias habituais, aos seus conhecimentos e, ate, fora do alcance de sua inteligência.


Aparições e materializações dos Espíritos

Dão-se as aparições dos Espíritos quando o vidente se acha em estado de vigília e no gozo pleno e inteira liberdade das suas faculdades. Apresentam-se, em geral sob uma forma vaporosa e diáfana, às vezes vaga e imprecisa. Doutras vezes, as formas se mostram nitidamente acentuadas, distinguindo-se os menores traços da fisionomia, a ponto de se tornar possível fazer-se da aparição uma descrição completa.

Por vezes, o Espírito se apresenta sob uma forma ainda mais precisa, com todas as aparências de um corpo sólido, ao ponto de causar completa ilusão e dar a crer, aos que observam a aparição, que tê, adiante de si um ser corpóreo. Em alguns casos, finalmente, sob o império de certas circunstâncias, a tangibilidade se pode tornar real, isto é, possível se torna ao observador tocar, palpar, sentir, na aparição a mesma resistência, o mesmo calor que num corpo vivo, o que não impede que a tangibilidade se desvaneça com rapidez de um relâmpago. Nesses casos, já não é somente com o olhar que se nota a presença do Espírito, mas também pelo sentido tátil. Dado se possa atribuir à ilusão ou a uma espécie de fascinação a aparição simplesmente visual, o mesmo já não ocorre quando se consegue segurá-la, palpá-la , quando ela própria segura o observador e o abraça, circunstâncias em que nenhuma dúvida é mais lícita. Os fatos de aparições tangíveis (materializações) são os mais raros; porém, os que se têm dado pela influência de alguns médiuns de grande poder e absolutamente autenticados por testemunhos irrecusáveis, provam e explicam o que a história refere acerca de pessoas que, depois de mortas, se mostram com todas as aparências da realidade.


Xenoglossia

Por fenômenos de xenoglossia entendem-se os casos em que o médium não só fala ou escreve em línguas que ignora, mas fala ou escreve nessas línguas, formulando observações originais, ou conversando com os presentes.


Trans-comunicação instrumental

Esse fenômeno abrange a manifestação dos Espíritos através dos meios técnicos, tais como, gravador, rádio, secretária eletrônica, computador, fax, televisão, telefone.


Experiência de quase morte

É o estado de morte clínica que uma pessoas experimenta durante alguns instantes, após o que retorna à vida física. Os relatos feitos pelas pessoas que passaram por essa experiência coincidem com os ensinamentos do Espiritismo e das religiões que aceitam a reencarnação.


Visão no leito de morte

No momento da morte, são comuns percepções do mundo espiritual e dos Espíritos, podendo, inclusive, aquele que está em processo de desencarnação visitar parentes e amigos, a fim de despedir-se deles. Investigações criteriosas têm demonstrado que esses fenômenos não são mera alucinação.

As modalidades de fenômenos que referimos, são, como dissemos, apenas ilustrativas do grande acervo de fatos que têm sido observados ao longo do tempo por eminentes pesquisadores de diversas nacionalidades. Essa gama de fenômenos, apenas explicados integralmente pelo Espiritismo, leva-nos a dize com Léon Denis que a sobrevivência está amplamente demonstrada. Nenhuma outra teoria, a não ser a da intervenção dos sobrevivos, seria capaz de explicar o conjunto dos fenômenos em suas variadas formas. Alf. Russel Wallace o disse: "O Espiritismo está tão bem demonstrado como a lei de gravitação". E W. Crookes repetia: "O Espiritismo está cientificamente demonstrado."


Em resumo, podemos dizer que são copiosas as provas da sobrevivência para aqueles que as procuram de ânimo sincero, com inteligência e perseverança. Assim a noção de imortalidade se destaca pouco a pouco das sombras acumuladas pelos sofismas e negações, e a alma humana se afirma em sua imperecedoura realidade. 

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Encontro com Deus





Dona Cidinha lia tranquila O Evangelho segundo o Espiritismo, no jardim do edifício de apartamentos:

onde residia, quando uma moradora aproximou-se:
– Bom dia, dona Cidinha.
– Bom dia, minha filha.
– A senhora é espírita, não é mesmo?
– Sim, de todo coração. O Espiritismo é bênção de Deus em nossas vidas.
– Eu queria justamente perguntar-lhe a respeito de Deus. Sou católica e aos domingos tenho um encontro com o Senhor na missa. Como fazem os espíritas, se não frequentam a igreja?
– Estou surpresa! O seu Deus é tão limitado assim?
– Como?
– Se comparece perante os fiéis apenas na missa, e só para os católicos!…
– Como é o seu Deus?
– Não o meu. O nosso, minha filha! Deus é o Pai de todos nós, não apenas de católicos, mas de todos os religiosos e até de quem não tem religião. E não está dentro de uma igreja, mas em todo o Universo, em todas as manifestações da Natureza, nos mundos que se equilibram no espaço, na beleza das flores, no trinar dos pássaros, no sorriso da criança, na solicitude das mães…
– Como pode Deus estar presente em tudo? Ele não tem seus compromissos, governando o Universo?
– Você está imaginando Deus de maneira antropomórfica. Por isso tem dificuldade.
– Antropomórfica, que nome esquisito!
– É a concepção de Deus à imagem do homem, como se fosse um soberano a governar o Universo,
instalado num palácio celestial.
– Não é assim?
– Deus, minha querida é a Consciência Cósmica do Universo, a Mente Divina, presente em tudo e em
todos.
– Em todos? Também em nós?
– Sim, na intimidade de nossa consciência, a exprimir-se no ideal de servir, nas sementes de virtude, no anseio de aprender, nas dores de consciência pelo exercício do mal, ou na satisfação pelo Bem praticado. Tudo isso é Deus que nos fala, que nos orienta, que nos adverte, que nos chama, que
nos espera...
– E por que as pessoas não conseguem perceber a presença de Deus?
– Quando o fariseu perguntou a Jesus qual o mandamento maior da Lei, o que o Mestre respondeu?
– Isso eu sei. Jesus citou dois mandamentos: o amor a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. E explicou que resumem tudo o que está no Velho Testamento.
– Muito bem, você está demonstrando conhecer o pensamento de Jesus. Quando estudamos o assunto, logo percebemos que esses dois mandamentos se completam. Impossível amar a Deus sem amar o próximo. Não há melhor maneira de demonstrar amor a um pai do que cuidando de seu filho.
– Agora entendo por que os espíritas empenham-se tanto em praticar a caridade. Seria uma ponte
para Deus?
– Perfeito, minha querida. O melhor altar para nos aproximarmos de Nosso Pai, independente de nossa concepção religiosa, é a caridade. Sempre que a exercitarmos perceberemos a presença de Deus em nossas vidas, proporcionando-nos a maior de todas as alegrias, aquela que decorre do dever cumprido.


***


Os teólogos criaram, ao longo do tempo, concepções dogmáticas, com ritos e rezas voltados para o culto exterior, sugerindo que Deus está no interior de sua igreja e que só ela levará os crentes ao Céu.
Afastaram-se do pensamento original de Jesus, que, despido de formalismos e firulas dogmáticas, nos ensina, com a simplicidade da sabedoria autêntica e a profundidade da verdade revelada, que o Reino de Deus deve ser encontrado na intimidade de nossas almas, como exprime em Lucas (17:21):
…o Reino está dentro de vós.
E mais: se pretendemos um encontro com o Senhor nesse reino íntimo é fundamental que observemos sua recomendação (Mateus, 7:12):
Tudo o que quiserdes que os homens vos façam, fazei-o assim também a eles…



Richard Simonett

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Todos os Seres




Todos os seres estão ligados uns aos outros e se influenciam reciprocamente.
o universo inteiro está submetido á lei da solidariedade. 
Os mundos perdidos nas profundezas do éter, os astros que, a milhares de léguas de distância, entrecruzam seus raios de prata, conhecem-se chamam-se e respondem-se.
Uma força, que denominamos atração, os reúne através dos abismos do espaço.

Da mesma maneira, na escala da vida, todas as almas estão unidas por múltiplas relações.
A solidariedade que as liga funda-se na identidade de sua natureza, na igualdade de seus sofrimentos através dos tempos, na similitude de seus destinos e de seus fins.
Como os astros dos céus, todas essas almas se atraem.
A matéria exerce sobre o espírito seus poderes misteriosos.

Assim como Prometheo sobre sua rocha, ela o encadeia aos mundos obscuros.
A alma humana sente todas as atrações da vida inferior; ao mesmo tempo ela percebe os chamados do alto.
Sabemos que o corpo fluídico materializa-se ou purifíca-se conforme a natureza dos pensamentos e das ações do espírito.
As almas viciosas atraem a si, por suas tendências fluidos impuros, que lhe tornam mais espessos e lhes diminuem as radiações.

Quanto mais material e grosseiro é o espirito, tanto mais influencia tem sobre ele a lei de gravidade; com os espíritos puros, cujo perispírito radioso vibra a todas as sensações do infinito e que acham nas regiões etéreas meios apropriados á sua natureza e a seu estado de progressão produz-se o fenômeno inverso.

Chegados a um grau superior, estes espíritos prolongam cada vez mais a sua estada no espaço espiritual; as vidas planetárias tornam-se para eles uma exceção, e a vida livre a regra, até que a soma das perfeições realizadas os liberte para sempre da servidão dos renascimento.

Léon Deniz



Fonte: Livro - "O Problema do Ser, do Destino e da Dor" Léon Denis

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Aborto Não!




Imaginaste que tuas lágrimas só tiveram por companhia o silêncio da noite espessa.
Pensaste que ninguém ouvia os reclamos de tua alma, os gritos do teu coração.
Permaneceste alimentando revolta e insatisfação, aumentando o caudal de tuas emoções em desequilíbrio.

Planejaste exterminar o entezinho que se abrigava em teu seio, sem que ninguém soubesse.
Admitiste a impossibilidade de seres mãe por tua própria iniciativa.
Uma amiga sim. Ela seria a salvação. Já conhecia os trâmites que lhe permitiram quatro abortamentos. Sim. A amiga será a salvação.
Minha filha, queremos dizer-te que o que tens pensado e desejado realizar só aumentará os teus tormentos.

Não creias que um filho atrapalhará a tua vida.
Antes, será ele que no futuro te dará ânimo e sustento, amparo e proteção.
Não coloques obstáculos.
Não impeças a manifestação da vontade divina que se dignou premiar-te, oferecendo-te a guarida de um entezinho que, se hoje te pede carinho e amizade, compreensão e socorro, amanhã te recompensará por todo o bem que fizeres.

Não, o aborto não é solução, antes a complicação!

Muitas mulheres na atualidade deploram o ministério da maternidade, esquecidas de que ser mãe é ser cooperadora de Deus no santificado mister da procriação; outras derramam lágrimas de sangue por se verem impossibilitadas de gerar; outras, contudo, alegram-se, felicitam-se por abrigarem na intimidade de seu ventre um ser que crescerá e se engrandecerá para as glórias da vida.

Pense um pouco, minha filha, ainda é tempo de evitares o crime nefando que alimentas na casa mental, onde teus pensamentos aparentemente inaudíveis são facilmente detectados por nós, os amigos de Jesus, que nos esforçamos para evitar o infanticídio que se generaliza na Terra, abrigado nas malhas do materialismo e amparado por interesses inconfessáveis.
Pensa nisso, filha. Tu também, todos nós, um dia prestaremos contas a Deus de tudo o que fizemos e do que deixamos de fazer.
Aborto não! Vida sim! Desde a menor expressão do ser que se liga à futura mãe, até o anjo que se evola ao céu, a vida é de Deus e só Ele tem o poder de dá-la ou tirá-la.

Josiel


(Mensagem recebida no Grupo Espírita Fabiano, RJ, em junho de 1991, pelo médium Jorge Caldas.)
Reformador (FEB) Setembro 1993

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Além dos Outros




“Não fazem os publicanos também o mesmo?”
— Jesus. (Mateus, 5, 46.)


Trabalhar no horário comum irrepreensivelmente, cuidar dos deveres domésticos, satisfazer exigências legais e exercitar a correção de proceder, fazendo o bastante na esfera das obrigações inadiáveis, são tarefas peculiares a crentes e descrentes na senda diária. 

Jesus, contudo, espera algo mais do discípulo.

Correspondes aos impositivos do trabalho diuturno, criando coragem, alegria e estímulo, em derredor de ti?

Sabes improvisar o bem, onde outras pessoas se mostraram infrutíferas?

Aproveitas, com êxito, o material que outrem desprezou por imprestável?

Aguardas, com paciência, onde outros desesperaram?

Na posição de crente, conservas o espírito de serviço, onde o descrente congelou o espírito de ação?

Partilhas a alegria de teus amigos, sem inveja e sem ciúme, e participas do sofrimento de teus adversários, sem falsa superioridade e sem alarde?

Que dás de ti mesmo no ministério da caridade? Garantir o continuísmo da espécie, revelar utilidade geral e adaptar-se aos movimentos da vida são característicos dos próprios irracionais.

O homem vulgar, de muitos milênios para cá, vem comendo e bebendo, dormindo e agindo sem diferenças fundamentais, na ordem coletiva. De vinte séculos a esta parte, todavia, abençoada luz resplandece na Terra com os ensinamentos do Cristo, convidando-nos a escalar os cimos da espiritualidade superior. Nem todos a percebem, ainda, não obstante envolver a todos. Mas, para quantos se felicitam em suas bênçãos extraordinárias, surge o desafio do Mestre, indagando sobre o que de extraordinário estamos fazendo.

Emmanuel


Fonte: Livro Fonte Viva, psicografia de Francisco Cândido Xavier

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Ajudemos o Pensamento




A leitura de uma mensagem, nos instantes críticos da vida, vale mais que a leitura de um compêndio, fora deles.

Aprendamos a admoestar-nos, antes que a vida nos admoeste: na alimentação excessiva, moderemos o apetite; na preguiça, trabalhemos honestamente; na irritação sistemática, governemos as emoções.

As coisas que são impossíveis aos homens são possíveis a Deus.

Qual é o efeito renovador de um sorriso? É a luz penetrando nas trevas. Não neguemos a dádiva do sorriso seja a quem for: sorriamos na dificuldade, na luta, na dor.

Jesus caminha na terra procurando certa categoria de doadores difíceis de encontrar, os doadores de suor, que trabalhem desinteressadamente na construção de seu reino de luz.

Existem pessoas que percorrem o mundo inteiro à procura de si próprias.

Se não dominarmos o hábito o hábito acaba nos dominando.

Antes da fatalidade da morte, existe a fatalidade da vida.

Cumpramos os próprios deveres sem esperar que os amigos nos teçam laivos de gratidão.

Grafemos páginas consoladoras e as divulguemos sem a pretensão de sermos compreendidos ou elogiados.

Fujamos da intoxicação mental da mágoa. Se amigos desertaram, pensemos na árvore que, por vezes, necessita da poda, a fim de renovar a própria existência.

Se sofremos prejuízos materiais, recordemos que, a perda do anel é a defesa do braço.

Sinais de alarme: impaciência; acharmos que a nossa dor é maior que a dos outros; vermos ingratidão nos amigos; imaginarmos maldade nas atitudes dos companheiros; comentarmos o lado menos feliz dessa ou daquela pessoa.

Diminuamos as próprias necessidades e aumentemos as concessões; intensifiquemos o trabalho e reduzamos as quotas de tempo inaproveitado; elevemos as idéias e reprimamos os impulsos; libertemos o “homem presente” na direção de Jesus e aprisionemos o “homem passado” que ainda vive em nós.

O serviço ao próximo é a única medida que fornece exata notícia do nosso merecimento espiritual.
Evitemos: distração sem propósito; visita inútil; discussão sem proveito.

Fonte: Ideal Espírita.  Chico Xavier, Espíritos Diversos. 

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Você Pode Fazer a Diferença




Relata a Sra. Thompson que, no seu primeiro dia de aula, parou em frente aos seus alunos da quinta série e, como todos os demais professores, lhes disse que gostava de todos por igual.

No entanto, ela sabia que isto era quase impossível, já que na primeira fila estava sentado um pequeno garoto chamado Teddy. A professora havia observado que ele não se dava bem com os colegas de classe e, muitas vezes, suas roupas estavam sujas e cheiravam mal.

Houve até momentos em que ela sentia prazer em lhe dar notas vermelhas ao corrigir suas provas e trabalhos.

Ao iniciar o ano letivo, era solicitado a cada professor que lesse com atenção a ficha escolar dos alunos, para tomar conhecimento das anotações feitas em cada ano.

A Sra. Thompson só fez isso alguns meses depois que as aulas tinham iniciado e deixou a ficha de Teddy por último. Mas, quando a leu foi grande a sua surpresa. A professora do primeiro ano escolar de Teddy havia anotado o seguinte:

Teddy é um menino brilhante e simpático. Seus trabalhos sempre estão em ordem e muito nítidos. Tem bons modos e é muito agradável estar perto dele.

A professora do segundo ano escreveu: Teddy é um aluno excelente e muito querido por seus colegas, mas tem estado preocupado com sua mãe que está com uma doença grave e desenganada pelos médicos. A vida em seu lar deve estar sendo muito difícil.

Da professora do terceiro ano constava a seguinte anotação: A morte de sua mãe foi um golpe muito duro para Teddy. Ele procura fazer o melhor, mas seu pai não tem nenhum interesse e logo sua vida será prejudicada se ninguém tomar providências para ajudá-lo.

A professora do quarto ano escreveu: Teddy anda muito distraído e não mostra interesse algum pelos estudos. Tem poucos amigos e muitas vezes dorme na sala de aula.

A Sra. Thompson se deu conta do problema e ficou terrivelmente envergonhada. Sentiu-se ainda pior quando lembrou dos presentes de Natal que os alunos lhe haviam dado, envoltos em papéis coloridos, exceto o de Teddy, que estava enrolado num papel marrom de supermercado.

Lembra-se de que abriu o pacote com tristeza, enquanto os outros garotos riam ao ver uma pulseira faltando algumas pedras e um vidro de perfume pela metade.

Apesar das piadas ela disse que o presente era precioso e pôs a pulseira no braço e um pouco de perfume sobre a mão. Naquela ocasião, Teddy ficou um pouco mais de tempo na escola do que o costume. Lembrou-se ainda, que Teddy lhe disse que ela estava cheirosa como sua mãe.

Naquele dia, depois que todos se foram, a professora Thompson chorou por longo tempo...

Em seguida, decidiu-se a mudar sua maneira de ensinar e passou a dar mais atenção aos seus alunos, especialmente a Teddy..

Com o passar do tempo, ela notou que o garoto só melhorava. E quanto mais ela lhe dava carinho e atenção, mais ele se animava.

Ao finalizar o ano letivo, Teddy saiu como o melhor da classe. Um ano mais tarde a Sra. Thompson recebeu uma notícia, em que Teddy lhe dizia que ela era a melhor professora que teve na vida.

Seis anos depois, recebeu outra carta de Teddy contando que havia concluído o ensino médio e que ela continuava sendo a melhor professora que tivera. As notícias se repetiram até que um dia ela recebeu uma carta assinada pelo Dr. Theodore Stoddard, seu antigo aluno, mais conhecido como Teddy.

Mas a história não terminou aqui. A Sra. Thompson recebeu outra carta, em que Teddy a convidava para seu casamento e noticiava a morte de seu pai.

Ela aceitou o convite e no dia do casamento estava usando a pulseira que ganhou de Teddy anos antes, e também o perfume.

Quando os dois se encontraram, abraçaram-se por longo tempo e Teddy lhe disse ao ouvido: Obrigado por acreditar em mim e me fazer sentir importante, demonstrando-me que posso fazer a diferença.

Mas ela, com os olhos banhados em pranto, sussurrou baixinho: Você está enganado! Foi você que me ensinou que eu podia fazer a diferença, afinal eu não sabia ensinar até que o conheci.


* * *


Mais do que ensinar a ler e escrever, explicar matemática e outras matérias, é preciso ouvir os apelos silenciosos que ecoam na alma do educando.

Mais do que avaliar provas e dar notas, é importante ensinar com amor, mostrando que sempre é possível fazer a diferença...


Redação do Momento Espírita.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Luz em Nós




Quando a minúscula semente rasga o solo e se projeta para o alto em busca dos raios energizados do Sol... Quando a lagarta arrebenta o casulo e na metamorfose, a borboleta bate pela primeira vez suas frágeis asas coloridas rumo às alturas.. Quando uma criança se encanta ao observar o cintilar das estrelas... E, mesmo o cientista ao buscar no firmamento a razão de sua existência, entendemos porque toda a Natureza, do micro ao macro lançam o olhar para o alto, com destino à claridade.

Assim, nesse contexto podemos visualizar mentalmente uma grande teia de luz que se encadeia entre seus delicados filamentos um ao outro, no espaço Universal, formando como que, um enorme farol!

Jesus muitas vezes fez referência a luz, quando disse “Eu sou a luz do mundo, quem me seguir não andará em trevas, mas terá a luz da vida”, ou “andai enquanto tendes a luz para que as trevas não vos apanhem” entre outras tantas máximas maravilhosas...
Fomos criados, pela luz de Deus, simples e ignorantes, por isso Joanna de Ângelis (espírito) diz que somos lucigênitos.

A busca dessa luz é o nosso objetivo maior durante todo o processo evolutivo. Não acontece de uma hora para outra, não há transformações mirabolantes ou fantasiosas nem milagres, é um caminho árduo, difícil... sem descanso, porém progressivo e compensador.

Como a lâmpada que não ilumina só o interior de seu bulbo, mas, espraia-se ao seu redor, nós também temos que espargir nossa luz, trabalhando para eliminar os personalismos do Ego, orgulho, egoísmo, a fim de sintonizar com as virtudes essências do Self, pois apesar de ser interno e individual o processo de iluminação, desdobra-se em consequências externas na convivência com o próximo.

Quando Jesus propôs que Ele é a luz, naturalmente passamos a imaginar que se referia a luz física, material, porém a referência era de uma luz espiritual, de uma luz verdadeira, divina e eterna. Jesus não se fez maior, em dizer que Ele era Luz, mas propôs que também nós somos luz quando disse “Brilhe a vossa luz”, luz do conhecimento que há de eliminar as nossas sombras, para que nosso caminho em busca da felicidade se apresente mais claro, mais seguro, e mais célere... Buscando a felicidade, o homem deve comprometer-se com o autodespertamento, identificando erros e defeitos como também as boas qualidades, destituído dos sentimentos de autopunição, complexos, remorsos e culpas.

Na ignorância de si mesmo, o ser se manterá na insegurança, pois não consegue, quando solicitado, avaliar a sua reação psicoemocional enfrentada no dia-a-dia, na longa estrada para a perfeição. É a sombra, o Ego que se melindra, se irrita, se aborrece, se magoa, mas nossa essência é o Self, a luz, que pondera, reconsidera, reflexiona, perdoa, analisa, faz juízo de valores para depois tomar a decisão com calma, com serenidade.

Assim temos que nos conectar com a Luz Cósmica, formando uma Unidade... A iluminação nos faz ir ao encontro do outro, atravessando obstáculo, enxergando as próprias limitações e também as próprias virtudes, sem rodeios, sem máscaras, percebendo que o próximo tem também a mesma essência transformadora.

Nessa jornada teremos com certeza a ajuda espiritual, nos intuindo no mais íntimo do nosso ser, todavia, a viagem é solitária e se dará no compartilhar, com a singularidade de cada um dos que seguem conosco, independentemente do seu estágio evolutivo.

Enfim, para obtermos êxito nesse processo, temos que nos munir de coragem, otimismo, disciplina, perseverança, boa vontade, humildade, aquisições potentes e intransferíveis, que nos farão avançar ao encontro da Grande Luz!

Edir Salete



Fonte: http://www.facebook.com/paz.espiritual.1?fref=ts

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Jesus na Visão Espírita




Nós acreditamos que Jesus evoluiu como qualquer outra pessoa, mas em outro planeta.
E, quando ele alcançou o patamar de Espírito puro, Deus o incumbiu de ser o Governador do nosso planeta. Ele, então, participou da formação de tudo.

Como explica Emmanuel: "(...) Jesus, já se reuniu, nas proximidades da Terra, para a solução de problemas decisivos da organização e da direção do nosso planeta, por duas vezes no curso dos milênios conhecidos. A primeira reunião, aconteceu quando nosso planeta estava sendo formado, quando o orbe terrestre se desprendia da nebulosa solar, a fim de que se lançasse, no Tempo e no Espaço, as balizas do nosso sistema cosmogônico e os pródomos da vida na matéria em ignição, do planeta; e a segunda, foi quando se decidia a vinda do Senhor à face da Terra, trazendo à família humana a lição imortal do seu Evangelho de amor e redenção."

Mas, muitos séculos antes de sua vinda, Jesus destinou outros Espíritos, embaixadores de sua sabedoria e misericórdia para ensinar a Regra Áurea: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”
Diziam os gregos: “Não façais ao próximo o que se vos faça.”
Afirmavam os persas: “Fazei como quereis que se vos faça.”
Declaravam os chineses: “O que não desejais para vós, não façais a outrem.”
Recomendavam os egípcios: “Deixai passar aquele que fez aos outros o que desejava para si.”
Doutrinavam os hebreus: “O que não quiserdes para vós, não desejeis para o próximo.”
Insistiam os romanos: “A lei gravada nos corações humanos é amar os membros da sociedade como a si mesmo.”

Mas, apesar dos povos receberem a lei de ouro da magnanimidade do Cristo, os profetas, administradores, juízes e filósofos procederam, muitas vezes, de maneira diferente da que pregavam. Então, Jesus nasceu entre nós. E, desde a infância viveu indiferente à sua própria felicidade, pois seus sonhos e ideais só objetivavam a felicidade alheia. Além de ensinar exemplificou, não com virtudes parciais, mas em plenitude de trabalho, abnegação e amor, nas praças públicas, revelando-se aos olhos da Humanidade inteira.
Ele veio nos mostrar o caminho da “salvação”. E só através da vivência de seus ensinamentos estaremos "salvos" ou "livres" do mal que ainda se encontra dentro de muitos de nós. E é assim, que Ele aguarda que surja o homem novo (citado por Paulo de Tarso), a partir do homem velho (que somos nós).

Respeitamos os que escolheram outros iluminados como instrutores espirituais: Buda, Maomé, Confúcio, Zoroastro, Moisés, etc., mas, acreditamos que todos eles foram trabalhadores de Jesus enviados por Ele.
Por isso, Jesus é para o espírita “o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem, para lhe servir de guia e de modelo.”


Compilação feita por Rudymara retirada dos livros: "A Caminho da Luz"; "O livro dos Espíritos"; "Caminho, Verdade e Vida"; "O Evangelho segundo o Espiritismo"; "Em busca do homem novo".

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Vigiai e Orai




"Vigiai e orai para que não entreis em tentação"...
(Marcos, 14:38; Mateus 26:41)




"Diante da prova, orar, envidando meios de transformá-la em experiência benéfica.

Diante da penúria, orar, desenvolvendo serviço que a desfaça.

Diante da ignorância, orar, acendendo luz que lhe dissipe a sombra.

Diante da enfermidade, orar, procurando medicação que lhe afaste os prejuízos.

Diante do desastre, orar, empreendendo ações que lhe anulem os efeitos.

Diante da dificuldade, orar, aproveitando a lição dos obstáculos de modo
a evitá-los futuramente.

Diante do sofrimento, orar, construindo caminhos para a devida libertação.

Diante da discórdia, orar, edificando recursos para o estabelecimento da paz.

Orar sempre, mas agir cada vez mais para que se realize o melhor.

Disse-nos o Senhor: vigiai e orai para que não entreis em tentação. . . e, realmente, acima de tudo vigiam e oram aqueles que ativamente se esforçam para que, em tudo, se faça o bem que nos cabe fazer."

Emmanuel


Fonte: livro “Bênção de Paz" – Psicografia de Chico Xavier

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Muito Humilde




A pessoa que trabalha lá em casa é muito, muito humilde.

Você já deve ter ouvido esta frase, com certeza. E com a mesma 
certeza sabe que quem assim fala está se referindo a alguém com
poucos recursos amoedados. Ou intelectuais. Ou ambos.

De um modo geral, associamos pobreza, analfabetismo, ignorância à 
humildade.

Contudo, foram humildes Jesus de Nazaré, Francisco de Assis, 
Francisco Cândido Xavier.

E esses não se enquadram nos itens destacados. Jesus era humilde, no 
entanto, a ninguém ocorre imaginar que Ele fosse um iletrado.

Profundo conhecedor da alma humana, o que Lhe confere, de imediato, 
alta condição psicológica, era igualmente conhecedor da História
de Israel, da cultura do mundo em que vivia, das Escrituras.

Provam isso Suas falas, Seus pronunciamentos, reportando-Se à lei 
antiga, aos profetas, ao tempo político que se vivia então.

Ao demais, era poeta, utilizando-Se sabiamente de figuras de 
linguagem, adequando-as ao ensino que desejava oferecer e às pessoas
para as quais falava.

Ninguém foi tão grande quanto Ele. E era humilde. Ele mesmo O 
disse: Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração.

Francisco Cândido Xavier não dispunha de recursos financeiros, nem 
diplomas.

Mas ninguém ousaria dizê-lo ignorante. Basta recordar-lhe a 
sabedoria nas entrevistas que concedeu a jornalistas, repórteres,
cientistas que desejaram estudar-lhe as qualidades mediúnicas.

Sabia portar-se em público, utilizando-se de vocabulário adequado, 
demonstrando a ilustração do seu intelecto.

Francisco de Assis nasceu em berço rico e abraçou a pobreza, por 
opção do ensino que desejou ministrar, em plena Idade Média.

Era humilde e conhecedor do Evangelho. Foi ainda compositor. Dizia-se 
o cantor do grande Rei, Deus.

No ideal de divulgar o Evangelho de Jesus em sua essência mais pura, 
agregou jovens ricos, homens cultos, no mesmo Ideal e os liderou.

Falava ao povo simples, falava a magistrados e às autoridades 
eclesiásticas.

Conta-se que, certa vez, em retornando de Roma a Assis, deteve-se na 
cidade de Ímola. Por questão de respeito hierárquico,
apresentou-se ao bispo e expressou o desejo de pregar na igreja
local.

Eu prego a meu povo e isso é o bastante! – Foi a resposta do 
bispo.

Francisco se retirou e voltou uma hora depois, fazendo o mesmo 
pedido.

Ante o espanto do bispo, pela insistência, respondeu: 

Meu senhor, se um pai expulsa o filho por uma porta, ele deve voltar 
por outra!

O raciocínio coerente lhe valeu o direito de tomar lugar no púlpito
do prelado para a pregação.


* * * 


Humildade é virtude que brilha nos corações dos homens de bem.

Homens de intelecto mas que a ninguém desprezam. 

Homens de posses, que a todos acolhem. 

Homens que sabem reivindicar seus direitos, nunca sendo omissos. 

Homens de bem. Humildes. 

Repensemos nossos conceitos. 



 Redação do Momento Espírita